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Reviews e Análises

Um Dia Cinco Estrelas – Crítica

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É uma pena que os talentosos Estevam Nabote e Ed Gama tenha escolhido um filme com um roteiro tão sem graça para estrelarem no cinema. Os dois comediantes de stand-up, que ganharam projeção nacional com o podcast Só Um Minutinho e por fazerem parte do elenco do canal do YouTube Porta dos Fundos, mereciam coisa muito melhor. E nem precisava tanto, já que o roteiro de “Um Dia Cinco Estrelas” não consegue fazer rir nem ao mais risonho dos espectadores.

O filme conta a história de Pedro Paulo (Estevam Nabote), um pai de família desempregado que é apaixonado em um Opalão antigo, deixado de herança pelo pai e apelidado de “Mozão”. Quando a mãe, Dona Nilda (Nany People, se esforçando para ficar bem na fita), vem passar uns dias com a família antes de ir para Buenos Aires, acaba tendo que usar suas economias para pagar a reforma do telhado da casa do filho. Pensando em como compensar o prejuízo da mãe, Pedro Paulo resolve colocar o “Mozão” na rua e vai ser motorista de aplicativo. E daí começam as confusões.

E aí tome encontrar os coadjuvantes. Entre eles o cantor de breganejo Sebastian (Ed Gama) e Betina (Dani Winits). Infelizmente as situações são tão sem graça e clichês que nada diverte, nada vale a pena. Quando você acha que o clima vai melhorar com a química de Ed Gama e Nabote, nada. Quando acha que a história vai ficar movimentada e mais inusitada, nada. Zero. Só vergonha alheia mesmo.

A direção e a fotografia não conseguem fazer nada além do básico. É uma pena pois a gente adora uma comédia brasileira despretenciosa, até mesmo bobinha para fazer rir. Mas Um Dia Cinco Estrelas falha no que mais precisava acertar: fazer graça. E aí amigo, nem os talentos mais brilhantes conseguem salvar um roteiro ruim. Triste.

Avaliação: 1.5 de 5.
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1 Comment

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  1. Matheus

    13 de julho de 2023 at 00:18

    Crítica azeda e sem sentido. Zero pra ela.

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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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