Reviews e Análises
Trem Bala – Crítica

Que baita filmão! Não tenho outra coisa pra falar além disso. Beijo e tchau.
Tá bom.. eu tenho sim muitas outras coisas pra falar. Do mesmo diretor de Deadpool 2 (2018) e Atômica (2017) e foi produtor dos 3 filmes lançados de John Wick (chupa!!). David Leitch mostra que sabe bem o que está fazendo.

O elenco traz tanto rosto conhecido e atores famosos que vamos aqui focar só em uma parte do núcleo central. E nele contam nada menos do que Brad Pitt no papel de Ladybugg, Joey King como Prince, Aaron Taylor-Johnson como Tangerina (sim, como a fruta), Brian Tyree-Henry como Limão (sim, também como a fruta) e dai você vai ter Hiroyuki Sanada, Andrew Koji, Sandra Bullock, Masi Oka, Zazie Beetz, Karen Fukuhara e não acaba a lista de nomes conhecidos e que você com certeza elogia o trabalho. E que aqui estão igualmente excelentes.

Tem hora que um cgi se entrega ali, outro vacilo na física aqui, mas nada que prejudique o filme e faça você perder a imersão. Muita ação bem construída e um roteiro maravilhoso. A comédia do filme está de parabéns pela qualidade e execução. E as cenas são de uma fotografia excelente, apesar de não ter apostado em nada excepcional. Mas alguns planos são maravilhosos.

Ta bom, rasguei seda, mas do que se trata mesmo o filme? Cinco assassinos são contratados por diferentes agentes para uma missão que basicamente envolve uma maleta de dinheiro e ouro e um jovem, filho do líder da maior máfia japonesa. Com interesses conflitantes, a coisa começa sair um pouco do controle gerando situações com muita ação e comicidade, mas foca na ação. Acontece tanta coisa que essa resenha não daria conta de dar mais detalhes sem entrar em spoilers.

Se vale a pena o filme? Vale demais! Essa crítica vai ter que dar 5 porque não podemos dar 4,8. (Lembra a coisa da física e do vazamento do cgi? Pois é… eu ia ser chato.)
O filme estreia dia 04 de agosto nos cinemas.
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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