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Reviews e Análises

Toc Toc Toc: Ecos do além – Crítica

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Não esperava que o filme fosse tão interessante, mas infelizmente o excesso de coisas não explicadas tira um pouco a graça da lógica do filme. Agora não prejudica em nada no que trata de susto e suspense, porque não faltam motivos pra mexer com nossa angústia e em seguida ativando o medo. E o melhor: o filme vai construindo isso aos poucos pra te manter na história. Traz carga pesada de suspense e em dado momento vira para um thriller, porém não perde a tensão.

Peter, “Toc toc toc: ecos do além”, Paris Filmes, 2023

O filme tem a direção de Samuel Bodin, que faz um trabalho muito bom no quesito sustentar a tensão. Outra coisa que a direção está de parabéns é em uma fotografia que até nas cenas tranquilas tem um ambiente que te angustia. O som não deixa em nada a desejar também. E conduz muito bem o trabalho dos atores e extrai deles momentos muito fortes. 

O roteiro é de Chris Thomas Devlin (“O massacre da serra elétrica: O retorno de Leatherface” de 2022), que traz uma premissa interessante, tem bons diálogos, mas larga muita ponta solta ou sem explicação. A história como um todo é bem interessante e desenvolve bem. E prende, viu. Como O filme tem algumas revelações interessantes e oferece uma mudança na metade do filme, ele acaba prendendo o espectador com essa novidade. 

“Toc toc toc: ecos do além”, Paris Filmes, 2023

O elenco além de muito bem dirigido, traz uma qualidade impressionante. Estão todos muito bem. E vou enfatizar aqui Lizzy Caplan como Carol, Antony Starr como Mark, Cleopatra Coleman como Miss Devine e Woody Norman como Peter. Que atuações! O povo mandou muito. Lizzy e Antony levam o papel tão natural que parece que foram feitos para o papel.

“Toc toc toc: ecos do além”, Paris Filmes, 2023

O filme conta a história de uma família quase normal. Um garotinho excluído e que sofre bullying na escola, pais controladores, uma casa pedindo reforma com uma plantação de abóboras no quintal que está com praga. O garotinho começa a ouvir vozes vindas da parede, seus pais tratam como normal e culpam o excesso de criatividade do garoto. O Comportamento diferente do garoto chama a atenção da nova professora, que fica mais intrigada ainda quando descobre que há alguns anos foi relatado o caso de desaparecimento de uma criança ali por aquelas bandas. Será por isso que os pais são tão rígidos? Quem ou o que faz os barulhos na parede? Ou será que o garoto tem apenas a mente muito fértil? Quem cuidará da plantação de abóboras? Vou deixar você com todos esses questionamentos para que você possa ir ao cinema assistir esse filme. 

Esta crítica dá nota 3,5 de 5 para esse filme. 

O filme estreia dia 31 de agosto nos cinemas.

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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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