Reviews e Análises
Till: A busca por justiça – Crítica
Se você não está com o controle emocional bom, não recomendo ir assistir. É um baita filmaço que merecia ter sido indicado ao Oscar, porém, aparentemente não está. Mas é um filme que mexe com seu senso de justiça e evoca emoções profundas, a catarse é real e o clima pesa de modo palpável.
Dirigido por Chinonye Chukwu, que dirigiu “Alaskaland” em 2012 e “Clemência” em 2019 e uma boa experiência com curta-metragens. Aqui faz um trabalho fenomenal. O trabalho com a fotografia, iluminação e som, fazem um combo que te conduzem em todo o filme. O trabalho não deixa a desejar e nem perde a energia em todo o tempo e os silêncios são carregados de um peso de dramaticidade que quem quer gritar somos nós.
No trabalho de roteiro estão a diretora Chinonye, Michael Reilly, que não teve grandes experiências anteriores nessa área, mas produziu bastante coisa, e Keith Beauchamp que segue o mesmo padrão de Michael. Porém Keith tem um vasto trabalho de produção e direção em trabalhos destacados com o mesmo tema: A questão racial. Aqui eles desenvolvem um trabalho maravilhoso na elaboração do roteiro e seus desdobramentos trazendo um peso devido ao fato real, cujo filme é baseado. E olha que não entupiram o filme de chatice militante. Construíram o roteiro com o devido peso que ele deveria ter.
Sobre o elenco, e que elenco, foi um show a parte. Com um trabalho excelente. Apesar de aquelas cenas de desespero de velório e gente chorando, sempre soam over e risíveis. Temos Danielle Deadwiler (“Jane and Emma” de 2018 e “Vingança & castigo” de 2021) como Mamie Till-Mobley e Jalin Hall (“Shaft” de 2019 e “Space Jam 2: Um novo legado” de 2021) como Emmet Till, mãe e filho, núcleo principal do filme. Temos os Pais de Mamie, Frankie Fason (“Dragão Vermelho” de 2002 e “Em defesa de Cristo” de 2017) como John Carthan e Whoopi Goldberg (“Garota, Interrompida” de 1999 e “Mudança de Habito” 1 e 2 de 1992 e 93) como Alma Carthan. E por fim Halley Bennett (“Sete homens e um destino” de 2016 e “A garota no trem” de 2016) como a mulher que você vai pegar ranço e se chama Carolyn Bryant. E a lista segue com um elenco maravilhoso. O trabalho foi muito bem desempenhado a catarse com a história é real.
Mas vamos falar mais sobre o filme. Aqui é contada a história de de um jovem negro de 1955, chamado Emmet Till. Um jovem que vai passar as férias com uma parte da família no Mississipi, e encontra diferenças culturais. Comete um deslize em uma época onde negros eram caçados e linchados caso se portasse um pouco diferente do que resava a cartilha de comportamentos para um negro na época. Mas sua mãe não deixou que o que hove com seu filho fosse apenas mais um caso. Lutou com todas as forças e com tudo que podia para que a justiça fosse feita. O resultado? Bom, aí você vai ter que assistir para saber e depois nos diga o que achou.
Esta crítica da 5 de 5 para esse filme. Realmente é um filme muito bom em todos os níveis que se propôs.
O filme estreia dia 09 de Fevereiro, nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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