Reviews e Análises
Shazam: A Fúria dos Deuses – Crítica

Entregou tudo que prometeu. Um filme beeeeem galhofa de um super-herói adolescente, e um adolescene em crise. Bobo, piadista, divertido e que não se leva a sério. Nada que ele não tenha entregue no primeiro e prometido agora. Se você vai pra assistir uma coisa séria, você realmente não está fazendo isso certo.

O filme é dirigido por David F. Sandberg, mesmo de “Annabelle 2: a criação do mal” de 2017 e “Shazam” de 2019. Apesar de alguns CGI acabar vazando uma renderização baixa em alguns momentos, o filme está todo muito bem conduzido. O ritmo das cenas, a condução dos atores, a fotografia, o som. O filme está todo redondinho para o que se propõe e as piadas bem encaixadas. É um diretor experiente ali demonstrou bem o que sabe fazer e inclusive puxar dos atores.
No roteiro temos as mãos de Henry Gayden (“Shazam” de 2019 e “Tem Alguém na sua casa” de 2021), Chris Morgan (“Velozes e furiosos 8” de 2017 e “Velozes & Furiosos: Hobbs e Shaw” de 2019) e baseado na obra de Bill Parker. Eu ja entreguei, mas vou falar um pouco mais sobre. O roteiro tem muita piada boba, mas vamos lembrar que ele trata de um grupo de adolescentes que ganham poderes. A premissa é interessante e ela entrega tudo que promete ali. Diverte, tem um arco completo e interessante, apresenta personagens de forma bem clara e completa e etc. Inclusive meus parabéns para os subtextos referentes as crises existenciais adolescentes.

No elenco só pérola selecionada. Os já conhecidos Zachary Levi (“Thor: Ragnarok” de 2017 e “SHAZAM!” de 2019) como SHAZAM, Asher Angel (“SHAZAM!” de 2019) como Billy Batson e Djimon Hounsou (“Diamante de Sangue” de 2006 e “King’s Man: A origem” de 2021) como o Mago SHAZAM. As vilãs desse filme estão por conta de Helen Mirren (“A Rainha” de 2006 e “Red: Aposentados e perigosos” de 2010) como Hespera, Lucy Liu (“As Panteras” de 2000 e “Kill Bill: vol 1” de 2003) como Kalypso e Rachel Zegler (“Amor, Sublime amor” de 2021) como Anthea. Temos também os irmãos de Billy e a Família SHAZAM: Grace Caroline Currey como Mary Bomfield e também a versão Super Mary, Jack Dylan Grazer como Freddy Freeman e Adam Brody como super Freddy, Faithe Herman como Darla Dudley e Meagan Good como Super Darla, Ian Chen como Eugene Choi e Ross Butler como Super Eugene e por fim Jovan Armand como Pedro Pena e D.J. Cotrona como Super Pedro. Ufa! Quanta gente. E sim o elenco está bem bom, segura bem para o que é proposto.

E sobre o que se trata essa fúria dos deuses? Acontece que as filhas do deus Atlas estão um pouco ressentidinhas desde que o poder de seu pai foi roubado pelo Mago em seu cajado. E planejaram uma vingança e para isso precisam recuperar a semente da vida, que está muito bem escondida. Enquanto isso, a fama da família SHAZAM não anda boa pela cidade. Salvar o mundo não basta, é preciso mais cuidado. A questão é que para recuperar a semente da vida para reconstruir seu mundo, elas vão se meter em altas confusões com esses adolescentes do barulho. No caso, barulho de raio. Para saber mais e se divertir um bom bocado, corra para o cinema.
Essa crítica da 4 de 5 para esse filme. Lembrando que ele é honesto e cumpre o que promete.
O filme estreia dia 16 de março nos cinemas.
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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