Reviews e Análises
Perseguição na Neve – Crítica
Um veterano de guerra Jim Reed (Tom Berenger) se mete no meio da floresta a procura de cervos para caçar. Sozinho na vida ele entra nas florestas ao norte do Maine, no inverno, onde não tem sinal de celular e nenhuma cidade por perto. Em sua caçada ele se depara com o dinheiro de uma quadrilha de ladrões e a partir de então, uma decisão errada leva a um efeito dominó de problemas.
O filme é a estreia de John Barr como diretor de longa metragens e entrega um filme que demora para pegar velocidade. O uso da floresta e do frio congelante como pano de fundo e complicadores ajudam bastante na trama, mas o filme se arrasta na exposição de personagens, com cenas lentas e uma montagem inicial que remete a filmes de drama europeu.

Na segunda metade, o filme pega velocidade e consegue te envolver. O roteiro foge de ser um filme de ação hollywoodiano com explosões, balas infinitas e vilões estrambólicos e entrega um enredo mais realista, com muita coisa dando errado e o veterano tendo que se virar.
O elenco faz um bom trabalho, sem nenhuma atuação canastrona, mas também sem nenhum grande destaque. A fotografia é muito bem feita, aproveitando o cenário natural, mas a edição poderia ter deixado o filme um pouco mais enxuto.
O filme estréia dia 2 de Julho no iTunes, Apple TV app, YouTube, Google Play, NOW e Vivo Play.

Sinopse
Jim (Berenger) tem como costume caçar no norte de Maine, nos EUA. Em uma de suas caçadas, ele encontra uma grande quantia de dinheiro pelo parque. O veterano, então, se vê envolvido com um grupo de criminosos que fará de tudo para recuperar o valor encontrado por ele, e sua única arma para sobreviver é o treinamento militar que recebeu no passado. O elenco conta, ainda, com Kristen Hager (“O Procurado”) e Paul Ben-Victor (“Demolidor – O Homem Sem Medo”).
O longa foi dirigido e coescrito por John Barr (“Frost/Nixon” e “Capote”) e produzido por Suza Horvat (“Diana”). Alan Petherick (“Alpha Dog”) e Mike McGrale também assinam o roteiro.
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
-
Livros em Cartaz3 semanas ago
Livros em Cartaz 074 – Pedro Páramo
-
QueIssoAssim2 semanas ago
QueIssoAssim 325 – Operação Documentário – Um papo com Rodrigo Astiz
-
CO22 semanas ago
CO2 358 – O Resgate Duplo e o Contrabando
-
Notícias3 semanas ago
Nova série do Disney+ sobre Jean Charles com participação de atriz paulistana Carolina Baroni