Reviews e Análises
Os Caras Malvados – Critica 2
Muito se ensina que ser o malvadão não compensa, mas quantas chances esses malvadões tiveram de ser melhor? E Será que os bonzinhos são tão bonzinhos? É em cima dessas perguntas que a animação “os Caras malvados” do diretor Pierre Perifel e da grande Dreamworks animation e distribuído pela Universal chega aos cinemas. E já adianto: é uma bela animação para a família.
A Dreamworks Já é uma velha conhecida nossa sobre filmes que nos divertem e trazem uma boa moral e reflexão não só para as crianças. E o roteiro dessa vez não decepciona. Divertido e bem ritmado, não deixa a energia cair. Segura a potência e com uma emoção leve desenha muito bem a moral da história.
O trabalho visual é também um elogio a parte. Textura, movimento, acabamento e muito bem finalizado é uma animação agradável aos olhos e com bastante detalhes.
Eu poderia perguntar: “Quem tem medo do Lobo Mau? Lobo mau lobo mau.” Mas isso mesmo ele, O Lobo, Que é dublado por Rômulo Estrela, pergunta. E ainda afirma: “como vilão de todas as histórias, o que só me sobrou foi ser sempre mal.” ao lado de seu braço direito, O cobra, que recebe a voz de Sérgio Guizé, lidera uma Gangue que fazem jus ao rótulo que lhes deram. E nessa equipe temos o SrTubarão, que recebe a voz de Babu Santana, Srta Tarantula, com a voz de Nyvi Estephan, Sr Piranha, com a voz de Luis Lobianco. E no planejamento do maior roubo de suas vidas, conhecem a Governadora Diane Raposina, com a voz de Agatha Moreira, e o desafio vira pessoal.
Na falha da missão, um novo desafio aparece: E eles pudessem se tornar os caras legais? Será que esse desafio eles conseguem? Será que o vilão vai permitir que isso aconteça? Será que uma chance é o que alguém precisa para mudar sua jornada?
Assista ao filme “Os caras Malvados” e descubra. Esta crítica recomenda bastante e manda um 4,5/ 5. para essa animação maravilhosa. Boa diversão.
Filme estreia dia 17 de março, nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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