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Reviews e Análises

Os 30 anos de Conta Comigo-Parte I

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Antes de começarmos preciso dizer duas coisas:

Esse texto ficou muito grande, então achamos melhor dividi-lo em duas partes, a primeira aborda o filme em si, já a segunda, terá um conteúdo extra com curiosidades sobre ele.

A segunda coisa que gostaria de dizer é:

 Obrigado Sessão da Tarde pelas graças alcançadas!

Como esse programa da televisão brasileira foi importante para nós. Pessoas com seus 30 e poucos anos deveriam reverenciar aquelas tardes da Globo.

Agora sim. E lá vamos nós!


Há trinta anos atrás o público conhecia uma das maiores histórias de amizade já contadas no cinema. Narrado por Gordie Lachance (Richard Dreyfuss, Tubarão e Contatos Imediatos)Conta Comigo (Stand by Me 1986) apresentou para nós a aventura de quatro jovens de Castle Rock, cidadezinha do meio do nada no Oregon.


A galerinha do barulho que se mete em altas confusões.

Para contar um pouco desse filme, permita-me apresentar nossos amigos, eles serão nossos guias em Castle Rock:


Gordie Lachance (Wil Wheaton, The Big Bang Theory): é um garoto viciado em livros, seus pais de luto pela morte do filho mais velho Denny (John Cusack), negligenciam o menino, ao ponto de ele ter uma relação  cada vez mais distante com os pais.

Chris Chambers (River Phoenix, Indiana Jones e a Última Cruzada): é um garoto com problemas de comportamento, filho de um casal de alcoólatras que passam a maior parte do tempo encrencados com a justiça. Apesar desse cenário, Chris é o que mais se preocupa com os amigos e como eles enfrentam as adversidades da jornada.


Teddy Duchamp (Corey Feldman, Garotos Perdidos e Goonies): é o mais esquisito da turma, tem as ideias mais “peculiares” do grupo e não tem medo de se arriscar.


Vern Tessio (Jerry O’Connell, Joe e as Baratas e Caguru Jack): é o gordo e tímido do grupo, o estereótipo que todos conhecem. É o mais medroso dos amigos e por causa disso sofre pressão dos demais para seguir em frente com os planos do grupo.

A incrível jornada se dá início quando Vern ouve seu irmão mais velho, Billy (Casey Siemaszko) e seu amigo, Charlie Hogan (Gary Riley) conversarem sobre Ray Brower, um jovem que foi dado como desaparecido e que morreu ao ser atropelado por um trem.

Na tentativa de se tornarem heróis locais, os amigos decidem ir atrás do corpo Brower. Eles bolam um plano, preparam suas mochilas (“olha as ideia errada, vamos roubar a arma do meu pai e sair por aí atrás de um cadáver”), Cris rouba a pistola M1911 do pai e os garotos partem para a sua jornada.

Um dos momentos interessantes da viagem é quando Gordie, durante um acampamento noturno, conta para os amigos a história de Davie “Lard-Ass” Hogan (Andy Lindberg), um rapaz gordo que era motivo de chacota das outras pessoas. Eu não vou contar a história aqui, vou fazer melhor, quero que vocês assistam a cena.

Ao longo dessa roadtrip eles fogem de um dono de ferro-velho e seu cachorro, enfrentam sanguessugas (que agonia), brigam entre si e escapam por um triz de serem atropelados por um trem. Em suma, altas confusões com uma galerinha da pesada, do jeito que a gente gosta. 

Nossos amigos encontram o corpo de Brower, porém o vagabundo “Ace” Merril (Kiefer Sutherland) e seu bando, o qual o irmão mais velho de Chris faz parte, chegam ao local para “reclamarem” o corpo. Eles têm a intenção de receberem o reconhecimento no lugar dos meninos. Agindo sem pensar, Gordie saca a pistola roubada do pai, e aí como se diz no popular: Quando barata voa, ninguém fica.

No fim, o quarteto decide comunicar a localização do corpo de maneira anônima e em seguida voltam para Castle Rock.

O filme se encerra com Lachance terminando de escrever suas memórias no computador e nos dizendo o que aconteceu com seus amigos:

Amigos entram e saem de nossa vida como garçons em um restaurante.

Gordie se torna um escritor de sucesso, mora em uma boa casa onde passa os dias escrevendo contos com base em suas memórias;

Chris após muito esforço se torna advogado, mas infelizmente acaba morto após ter a garganta cortada ao tentar separar uma briga em um bar;

Apesar de não vê-lo há mais de dez anos, sei que vou sentir falta dele para sempre.

Gordie escrevendo sobre Chris

Vern se casa, tem 4 filhos e se torna funcionário de uma madeireira.

Teddy tenta entrar no exército, não consegue devido ao problema de visão e ao seu problema auditivo, acaba passando um tempo da cadeia. Depois que sai, passa a viver de bicos em Castle Rock.

Bem, esta é a história de Conta Comigo, um dos grandes clássicos das tardes da Globo, uma história que mostra que a amizade é algo que nem mesmo a vida nos rouba e que não importa a aventura, você sempre terá alguém ao seu lado.

Curtiu? Comente, compartilhe.

Até semana que vem com a parte 2.

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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