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Reviews e Análises

O Urso do Pó Branco – Crítica

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Olha… desde “No Pain, No gain” eu não tenho essa sensação tão intensa de “Whatahell??”. O que esperar desse filme? Nada que a inteligência artificial conseguiria compreender. ELE É INSPIRADO EM FATOS! Eu juro. nos primeiros três minutos ele já joga na sua cara uma citação confiábilissima. Daí pra frente o nível de inacreditável e absurdo é um caminhão bitrem, sem freio e na ladeira.

“O Urso do Pó Branco”, Universal Pictures, 2023

Dirigido por Elizabeth Banks, mesma de “A escolha perfeita 2” de 2015 e “AS Panteras” de 2019, e confesso que não sei dizer o quão hercúleo deva ter sido fazer esse trabalho. Bom, sabemos que houve de fato esse caso do Urso cheiradaaaaaaaaaaço. Agora como transformar isso em um filme que não vire uma vergonha? Assuma a galhofa, abrace o caos e vá pela névoa de pó branco. Tecnicamente o filme não traz nada de espetacular, e tá bem ok. A trilha e os efeitos sonoros somam com o clima terrir do filme.

Já os efeitos… Tem horas que aparece beeem o bonecão. O CGI do urso ta bem bom, mas para o final escorrega na cachoeira. Mas nada que o filme não tivesse deixado claro pra você desde o começo.

“O Urso do Pó Branco”, Universal Pictures, 2023

Sobre o roteiro, veio das mãos de Jimmy Warden, que só tem “A Babá: Rainha da Morte” de 2020, e aqui teve o trabalho beem poupado. Vou dizer que a história tem uma sequência de fatos, as falas mais ou menos, mas o terror trash e a comicidade estão grandes ali. A premissa eu nem vou dizer o quão maravilhosa ela é. Então nem vou me delongar sobre essa parte.

A atuação… Esta coerente com a proposta do projeto. Esta bem, mas rasa. Agora, não tem como negar que eles entregam a comicidade dos fatos muito bem. Temos Ray Liotta (“Os bons companheiros” de 1990 e “O Grande Golpe” de 2012) como Syd, o grande traficante que deveria receber a droga. Temos Keri Russell (“Planeta dos Macacos: O confronto” de 2014 e “Um estado de Liberdade” de 2016) como Sari, uma mãe que descobre que sua filha adolescente chamada Dee Dee, Interpretada por Brooklynn Prince (“Os órfãos” de 2020),  saiu pra floresta pra desenhar uma cachoeira com o abiguinho Henry, Interpretado por Christian Convery (“O pacote” de 2018 e “Brincando com fogo” de 2019). Mas Syd não está só, tem como seus capangas o Eddie, interpretado por Alden Ehrenreich (“Ave, César” de 2016 e “Han Solo: Uma história Star Wars” de 2018), e Daveed, Interpretado por O’Shea Jackson Jr (“Covil de Ladrões” de 2018 e “Godzila II: o rei dos Monstros” de 2019). E segue um grupo excelente de atores, mas que aqui não foram muito exigidos. Mas tá valendo a pena.

“O Urso do Pó Branco”, Universal Pictures, 2023

E vamos falar sobre o que é o filme. A história é basicamente que narcotraficantes, faziam seus deliverys de atacado, jogando de aviões em um parque nacional. Acontece que nessa entrega o entregador escorregou e caiu do avião, chamando a atenção da polícia. Só que a droga jogada no parque nacional foi encontrada primeiro por um urso preto adulto, que já nem é perigoso. Ele não só encontrou como devorou, cheirou, se esfregou, meteu o loko e ainda levou pros filhotes (que família do bagulho). Completamente cheiradaço esse urso toca o terror no parque ao melhor estilo Jack, o estripador. O filme garante muita risada, apesar de jogar bastante sangue e pedaços de carne na sua cara, só que isso eu vou deixar você assistir, mas não leve as crianças. 

Essa Crítica dá 1,5 de 5 pra esse filme apesar de ter rido um monte e ter adorado a trasheira.

Avaliação: 1.5 de 5.

O filme estreia dia 30 de março nos cinemas.

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Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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