Reviews e Análises
O protetor 3 – Crítica

Esse é o tipo de filme que toda propaganda é extra afinal de contas tem apenas Denzel Washington no melhor estilo “Já pedi por favor e não vou falar de novo”. O filme é tão bom que a vontade de reassistir os anteriores salivam a boca. Apresenta uma descarga de energia, adrenalina e justiça tão grande, que dá ao espectador um prazer gostoso de ver esse filme. Este é sem dúvida um dos melhores filmes do estilo no gênero ação e muito mais intenso e brucutu da trilogia. Quero ver de novo.

Quem conduz essa obra de ordenar o caos é ninguém menos que Antoine Fuqua, mesmo “Dia de Treinamento” de 2001, “Invasão a Casa Branca” de 2013 e os outros 2 filmes da franquia “O Protetor”. Ou seja o cara sabe fazer um filme de ação com aquele ritmo de arrepiar até as células genéticas. A condução, inclusive usando flashback, é redonda e precisa. O filme apresenta todos os elementos de forma muito natural e o desenrolar da trama tem uma energia e fluidez que mostram a presença meticulosa do diretor. A fotografia e os efeitos estão tão bons que nos afundam na trama fortemente. Apenas elogios a fazer.
O roteiro tem as mãos de Richard Wenk (“Sete Homens e um Destino” de 2016, “A Profissional” de 2021 e os dois primeiros “O Protetor”), Michael Sloan (“O Protetor” 1 e 2) e Richard Lindheim (“O Protetor” 1 e 2). A percepção sobre a intimidade dos roteiristas com a história é alta pois se percebe uma evolução do personagem na franquia e a solidez de detalhes do roteiro. A premissa é maravilhosa e a execução do desenrolar do roteiro é tão sólida e precisa não se vê falha aparente de roteiro. A construção das cenas e falas é tão bem elaborada e rica de características da personagem que torna fluida e um filme vivo. Claro, estamos falando de ficção, mas sabemos que quando bem feito é crível e envolve o espectador de cá da cadeira.
No elenco é um desfile maravilhoso de nomes e talentos. Temos em cena Dakota Fanning, Eugenio Mastrandrea, David Denman, Gaia Scodellaro, Remo Girone, Andrea Scarduzio e o deus Denzel Washington como o Sr McCall. Não vou precisar falar muito sobre o elenco porque é simples: estão impecáveis. É uma aula de atuação em cada cena. Riqueza de detalhes. E olha que Sr Denzel já está com a idade pesando na mobilidade.

O filme conta a história do senhor Roberto McCall foi buscar um vinho, em uma vinícola no interior da Itália, e acabou fazendo uma pequena baguncinha. Foi tão simples que envolveu a polícia da Itália e FBI. Na volta ele sofre um incidente e acaba tendo que ser acolhido em uma cidade litorânea da região e o acolhimento foi tão grande que ele se sentiu em casa. E já sabemos como o Sr McCall é apegado quando gosta. Eis que um grupo de bagunceirinhos que se titulam máfia Italiana, vão tocar o terror ali. Sr McCall não gosta da bagunça e pede gentilmente, eles acham q ele está brincando. Bom, aí você vai ter que assistir e saber como esse senhor fica quando está chateado. E depois nos conte o que achou.
Essa crítica da nota 5 de 5 estrelas, sem dúvida alguma.
O filme estreia dia 05 de Outubro nos cinemas.
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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