Reviews e Análises
O Gato de Botas 2: o último pedido – Crítica
Eu perdi tudo na guerra de olhares fofos. Mas deixemos isso pra você viver essa experiência. Vamos falar aqui… pode levar sua criança, mas saiba que o filme é pra você. E se prepare pra ter as emoções chacoalhadas. Impressionante como esse filme tem um pano de fundo maduro.
Tendo a condução do diretor Joel Crawford (diretor de “Croods 2: uma nova era”, de 2020, e trabalhou em “Kung fu panda” e “Origens dos guardiões”), o filme tem momentos em que precisa baixar o ritmo pra explicar algumas coisas. Mas as cenas, a montagem, trabalho de condução está maravilhoso.
Já no roteiro aqui foi surpreendente ver Tommy Swerdlow, que escreveu nada menos que: “O Grinch”, de 2018, “Jamaica abaixo de zero” de 1993). Assinam o roteiro também Tom Wheeler, que foi roteirista do filme e de um vídeo anterior do Gato de botas, e Paul Fisher de “Por água a baixo”, de 2006, e “Croods 2: uma nova era” de 2020. E o trabalho está impecável. Maravilhoso, emocionante.
Sobre a dublagem não tinha como ser ruim. Tanto a original quanto a brasileira tem um time excelente. Na dublagem original temos Antônio Banderas como Gato de Botas, Salma Hayek Kitty Softpawns, Harvey Guillén como Perro, Florence Pugh como Cachinhos dourados e surpreendente Wagner Moura Como o Grande lobo mal. Já na dublagem brasileira temos: Alexandre Moreno como Gato de Botas, Marcos Veras como Perrito, Miriam Ficher como Kitty Softpaws, Giovanna Ewbank como Cachinhos dourados e Sérgio Moreno como Grande Lobo Mal. E vou te falar… que dublagem, senhoras e senhores.
E vamos pra parte que importa. Vamos ao que se trata esse filme. Logo no começo do filme, Gato tem uma grande luta e descobre que já gastou quase todas as suas vidas e apenas lhe resta uma. E aí a ficha cai que se acabar essa, já era. É nesse momento que um grande fantasma aparece e começa a abalar o grande herói. Nessa jornada ele reencontra uma pessoa importante de seu passado e faz uma nova amizade. Bom, fazer amizade é demais, mas faz. Gato de botas então descobre que existe uma forma de fazer um pedido para uma estrela cadente e reaver as suas vidas de volta. E é aí que a jornada começa e é realmente uma jornada emocionante.
Essa crítica da um belo e merecido 5 de 5. Porque tem uma guerra irresistível de fofuras.
O filme é distribuído pela Universal Pictures e estreia dia 05 de janeiro nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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