Reviews e Análises
Nosso Sonho – Crítica

Eu não estava preparado pra ver esse filme e essa história me fez chorar novamente. É uma experiência maravilhosa quando uma peça de arte te toma e mexe com suas emoções e a vida dessa dupla é uma arte histórica. Esse filme é uma produção bela, necessária, que a gente nem sabia que precisava. Mas agora ele está no cinema.

O filme traz uma qualidade técnica simples, ao assistir não se percebe grandes qualidades técnicas, mas algumas transições e escolha de câmera são maravilhosas. Os responsáveis por essa direção são Júnior Vieira e Eduardo Albergaria, e fazem uma condução incrível de ritmo e ordem de toda a história. O trabalho que foi feito com os atores também me chamou a atenção. Apesar de dizer sobre a escolha de técnicas simples de direção, em alguns momentos se arrisca e acerta muito bem.
O roteiro tem a assinatura de Eduardo Albergaria, Daniel Dias e Mauricio Lissovsky. O bom desse filme é que ele não tem ponto baixo no roteiro. Podemos pensar que por se tratar quase de uma biografia o caminho já estava meio pavimentado, contudo é fácil perder ritmo, ser raso ou não apresentar detalhes com a importância devida. Escolhi esses pontos porque eles são realmente bem mostrados no roteiro. Existem alguns momentos sim em que as falas soam bem bobas, aí você lembra que estamos falando de jovens do Rio de Janeiro. Jovens tem seu jeito de interagir. Sabemos.

O elenco me chamou muita atenção. Em todo momento eu senti uma execução feita com muito carinho e como bons atores percebemos a dedicação em cena. É um trabalho que não é incrível, mas está muito bem feito. Temos Boca de 09 como Claudinho Criança, Lucas ‘Koka’ Penteado como Claudinho, Gustavo Coelho como Buchecha criança, Juan Paiva como Buchecha e muito mais. Ao olhar como uma produção nacional, o trabalho desses atores está muito maduro, realista e próximo do povo que eles retratam.
Sério que você quer que eu te conte sobre o que é o filme? Você não conhece essa dupla? Pois bem, um ponto que preciso dizer é que o filme foca muito mais nos bastidores do que nos momentos de palco. Traz a história desde a infância problemática daqueles jovens simples, que foram morar no Morro do Salgueiro, até a proposta para formarem uma dupla de funk. O filme mostra os dramas pessoais e conquistas durante essa jornada, como construíram suas músicas, até o dia fatídico. Mas eu não vou dar muitos detalhes pois quero que você vá lá e se emocione como eu.
O filme estreia dia 21 de setembro nos cinemas.
Essa crítica da nota 4,5 de 5 para esse filme.
Reviews e Análises
Mickey 17 – Crítica

Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.
Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.
No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.
O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.
Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.
Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.
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