Reviews e Análises
Morte do Demônio: A ascensão – Crítica
Mamãe ama, mamãe cuida. Me sinto apenas o meme do Chaves entrando na casa de dona Clotilde. Um novo filme da franquia Evil Dead e está maravilhosamente bom. Claro que para os amantes de Terror. A disgrama tem o kit completo pra mexer com vários sentimentos e alguns tipos diferentes de medo. Inclusive pra mim, o filme foi 4d. Mas é filmaço. Agora… me deixou pensando: que seria da indústria do suspense se não existisse a igreja Cristã?
O filme tem a assinatura de Lee Cronin, mesmo dedinho malvado de “Minutos Depois da Meia Noite” de 2016 e “The Hole in the Ground” de 2019. O cara não economizou em efeitos e motivos pra você se assustar. O timing em que a história é conduzida não deixa você duvidar do que está na sua frente. O diretor conseguiu capturar e espremer o nosso psicológico como deve ser um bom filme de suspense. Mas ele não para no suspense, o terror desse filme é pesado. Moço, tenha dó.
O roteiro tem a psicografia de Lee Cronin, ou seja, vai saber até onde é imaginação fértil desse jovem. Texto tá bem escrito, motivos ajustados, razão do caos bem contado, sem pontas soltas, até a personagem do demo ta bem construída. Ta de sacanagem. Pra quem, como eu, é sensível a esse tipo de filme, cuidado, o trem é tenso.
No elenco temos no time principal Alyssa Sutherland (“O Diabo Veste Prada” de 2006 e “A Semente do Mal” de 2009) como Ellie, a mãe de geral ali e o ponto de equilíbrio, que foi tomado pelo demônio. Como os filhos de Ellie, temos Gabrielle Echols (“Caminhos da Memória” de 2021) como Bridget, a mais velha, já Morgan Davies (“Amigos para Sempre” de 2019 e “Blaze” de 2022) como Danny, filho do meio, e a pequena Nell Fisher como Kassie, a mais novinha. Lily Sullivan (“Mental” de 2012 e “Na Selva” de 2017) faz o papel de Beth, Irmã ovelha negra de Ellie e que dá o salve todos (que sobram). Na turma do morre rápido temos Mirabai Pease como Teresa, Richard Crouchley como Caleb, e Anna-Maree Thomas como Jéssica. O elenco além de muito bem escolhido, tem um trabalho que atende muito a proposta. A atuação está realmente ajustada e tanto cativa, quanto assusta em seus devidos momentos.
A história começa parecendo sexta-feira 13: Três Jovens numa cabaninha na beira do lago. Depois que rola aquela cagaço desse paranauê, somos levados a ver 15 horas antes. E é aí que caímos na casa de Ellie, tatuadora, aparentemente dedicada, uma mulher com 3 filhos: um filho cabeça de vento e DJ, uma criança (bem sendo criança perturbadinha) e uma adolescente melancólica que ouve Jão. Nesta noite chega, um pouco sem rumo, a tia Beth, a irmã tiete que fugiu com a turnê da banda. Para explicar o motivo da separação, Ellie manda os filhos comprar pizza. Na volta, como o cão é sujo, acontece um micro terremoto na cidade e o chão da garagem abre um buraco e o cabeça de vento chamado Danny, vai mexer onde não foi chamado. E aíiiiii… Ai começa o problema.. Mas eu não vou contar mais porque realmente vocês precisam viver essa experiência terrível. Boa sessão.
Essa crítica dá 5 de 5 para esse filme completamente se tremendo e com medo do 7 peles bater aqui na minha porta.
O filme estreia dia 20 de abril nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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