Reviews e Análises
Mortal Kombat – Crítica
A refilmagem do clássico do cinema (ruim) de videogame entrega muito mais do que se esperava. Desta vez temos um roteiro mais alinhado à história do videogame, com mais cenas de ação e efeitos especiais e visuais muito melhores. No filme Sub-Zero é pau mandado do Shang Tsung e vai a Terra para eliminar seus campeões antes do torneio de Mortal Kombat.
Dirigido por Simon McQuoid em sua estréia de longa metragens, o filme é um prato cheio para os amantes do videogame e para quem curte filmes de ação. E por falar nisso, ação é o que não falta, e diferentemente do filme de 1995 esse aqui escorre sangue da tela, igual ao game. Quanto as personagens do game temos Sonya Blade (Jessica McNamee), Jax (Mehcad Brooks), Sub-Zero (Joe Taslim), Kano (Josh Lawson), Scorpion (Hiroyuki Sanada), Kung Lao (Max Huang), Liu Kang (Ludi Lin), Lord Raiden (Tadanobu Asano), Shang Tsung (Chin Han), Mileena (Sisi Stringer), Nitara (Mel Jarnson) e um novo personagem criado para o filme Cole Young (Lewis Tan).
A estória revolve ao redor deste novo personagem Cole Young e as tretas que ele se mete por ser um dos Kombatentes sem saber. O filme deixa bem claro que é baseado no universo do game do início e tem membros sendo cortados fora, sangue jorrando e mortes dignas do jogo logo nos primeiros 15 minutos. E como um bom filme de jogo ele incorpora os jargões do jogo, satisfazendo a vontade da platéia em escutar um “flawless victory”, “Kano wins” e “fatality”. Por falar em fatality, esse filme tem de sobra.
Outra coisa boa foi terem aproveitado o tema criado no filme de 1995 que foi um sucesso disparado, parte da trilha original é reaproveitada em diversas partes do filme, rearranjada mas mantendo as notas e o ritmo. E uma versão mais nova foi criada para o filme de 2021, chamada de Techno Syndrome 2021 é uma homenagem a Techno Syndrome original de 1994 que chegou ao #10 da Billboard e está no Guinness como a “trilha sonora spin-off de videogame de maior sucesso”.
O filme deixa vários outros Kombatentes de fora, como Kitana, Johnny Cage, mas deixa claro que este é o primeiro de muitos. A franquia está reaberta, e este é só o primeiro round.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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