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Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte Um – Crítica

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Baseado na série de televisão dos anos 60 criada por Bruce Geller, a franquia Missão: Impossível chega ao seu sétimo filme, dividido em duas partes e com o nome de Acerto de Contas. Quem acompanha as aventuras de Ethan Hunt (Tom Cruise) desde o primeiro filme em 1996, consegue perceber a melhora significativa que foi estabelecida com a chegada de Christopher McQuarrie na direção e nos roteiros.

Dessa vez, a ameaça além de ser global, envolve um inimigo do passado remoto de Ethan. Tão do passado que é de antes do personagem se envolver com a agência MIF (Mission Impossible Force). Gabriel (Esai Morales) é um nêmesis que Ethan acreditava estar morto e que deixou marcas profundas no nosso herói. E enfrentá-lo novamente vai acrescentar muito à dramaticidade aos eventos do filme.

Quanto menos for falado sobre o enredo de Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte Um é melhor. Mas é importante mencionar que envolve uma inteligência artificial perigosíssima e que atrai a cobiça de todas as potências mundiais. E para impedir que ela caia nas mãos erradas, Ethan Hunt volta a agir.

Missão: Impossível também é feito de coadjuvantes fortes e aqui temos o retorno de Luther (Ving Rhames), Dunn (Simon Pegg) e Ilsa (Rebecca Ferguson), bem como a adição muito bem-vinda e maravilhosa da talentosíssima Hayley Atwell, no papel de Grace, uma ladra que ajuda (e atrapalha também) as aventuras de Ethan. Todo o elenco está muito bem.

A direção e o roteiro estão incríveis, precisos e bem amarradinhos, sem espaço para furos ou personagens mal escritos. A fotografia também é impecável, bem como toda a direção de arte, escolha de locações, equipe de dublês e efeitos especiais. O filme é uma montanha-russa de emoções, onde os momentos mais chocantes podem até mesmo fazer o espectador sentir frio na barriga.

As cenas de ação estão sensacionais. A perseguição de carros em Roma, a luta nos becos apertados de Viena, o salto de motocicleta no meio das montanhas, tudo está simplesmente de arrancar o fôlego. E no final, a cena do trem, é um deleite para os fãs de ação. E saber que a maioria das cenas são com efeitos práticos e realizadas pelo próprio Tom Cruise acrescentam muito à experiência de assistir o filme.

Veja na maior tela possível e com o melhor som disponível. Vai acrescentar muito à experiência. É o tipo de filme que faz a diferença ver no cinema. Tenso, movimentado, sexy, cheio de adrenalina e testosterona, definitivamente é um dos mais divertidos do ano. Nota máxima!

Avaliação: 5 de 5.
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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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