Reviews e Análises
Matrix Resurrections – Crítica
Matrix Resurrections é o quarto filme da saga nos cinemas. Vinte e dois anos depois do lançamento do filme original, somos jogados novamente no mundo em que os humanos perderam a guerra contra as máquinas e foram transformados em baterias, enquanto são mantidos em um mundo de fantasia criado pelos computadores. No original, um hacker chamado Thomas Anderson (Keanu Reeves) é libertado por um revolucionário chamado Morpheus. Anderson seria “O Escolhido”, o homem que conseguiria derrotar as máquinas. Três filmes, uma série de curtas animados, milhares de dólares em bilheteria e jogos de videogames depois, Neo consegue resolver a situação e homens e máquinas voltam a conviver pacificamente. Ou não.
Dessa vez, Anderson vive em uma realidade onde ele criou uma série de jogos de videogame chamados de Matrix. Ao mesmo tempo em que a empresa que montou com seu sócio Smith (Jonathan Groff) lhe rendeu uma fortuna e fama, ele sente que há algo de errado. Para tentar se entender, participa de sessões de terapia com um psiquiatra (Neil Patrick Harris) que o mantém controlado com o uso de pílulas azuis. Anderson também é apaixonado por uma mãe de família chamada Tiffany (Carrie-Anne Moss) mas não tem coragem de chamar ela para sair. E assim vai vivendo a vida até o momento em que uma mulher com um coelho tatuado no ombro chamada Bugs (Jessica Henwick) convence Anderson a segui-la para que ele seja apresentado a Morpheus (Yahya Abdul-Mateen II), que quer tirá-lo da simulação da Matrix.

E já falei demais. Daí pra frente, é uma mistura dos outros filmes anteriores, rebootados e refeitos, com possibilidade de desenvolver uma nova franquia. Tudo como Hollywood tem feito com os filmes atualmente. O pulo do gato (deja vu) aqui é que eles não contavam com a astúcia de Lana Wachowsky. Criadora da trilogia original e de todo o universo junto com a irmã Lilly, Lana assumiu a bronca sozinha exatamente para não deixar o estúdio fazer sem a opinião delas e estragar tudo. Se alguém merece estragar Matrix, que seja quem criou isso tudo. Não é o caso. Mas claramente se percebe que a intenção de Lana era em dar um tapa na cara do estúdio e mostrar que tudo aquilo está sendo realizado pelas razões “erradas”. Todo filme é um produto e ao mesmo tempo uma obra de arte. Mas em que ponto é mais um do que outro? Em que ponto um filme é lembrado por ser uma baita obra de cinema ou esquecido como mais um filme genérico? É isso o que Lana propõe que pensemos aqui. E ela claramente coloca a culpa na gente também. O espectador que financia isso aí. E é mesmo. Dá até uma certa culpa.
Se fosse só por isso, Matrix Resurrections seria um filme fabuloso. Mas Lana não faz uma obra de arte e sim o produto enlatado que o estúdio pediu. E nisso, o filme é simplesmente mais do mesmo desnecessário. Matrix já tinha sido uma obra suficiente no filme original. Nem precisava das sequências que trouxe depois e que, mesmo que fossem filmes menores, pelo menos fecharam todas as pontas. Aí vem esse filme e resolve abrir de novo os caminhos do universo, como se toda aquela jornada anterior não tivesse adiantado de nada. E tome referências aos filmes anteriores, fan-services desnecessários, personagens rearranjados, barrigada de roteiro para poder ficar explicando toda essa loucura e cenas de ação que não chegam aos pés das realizadas no filme original. E aí, quando as luzes se acendem, só nos resta perguntar: pra quê? Até o próximo reboot, pessoal!
Reviews e Análises
Mickey 17 – Crítica

Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.
Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.
No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.
O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.
Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.
Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.
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