Reviews e Análises
King Richard: Criando Campeãs – Crítica
Will Smith produz e estrela King Richard: Criando Campeãs, filme que conta a história de Richard Williams e a sua luta de anos e plano em tornas as filhas Serena e Venus Williams nas maiores estrelas do tênis mundial. O filme foca em contar a história de como com suas atitudes, cabeça-dura e insistência em perseguir o seu sonho com um plano, Richard Williams conseguiu o que queria. Como toda história de vencedores, antes de chegar à glória da vitória vemos todos os perrengues, derrotas e dificuldades.
Smith interpreta Richard com uma delicadeza que lembra muito o seu trabalho em À Procura da Felicidade. Ele realmente acerta quando não está destruindo filmes de ficção científica. Venus e Serena são interpretadas por Saniyya Sidney e Demi Singleton respectivamente e fazem um bom trabalho. Outro destaque fica por conta de Jon Bernthal como o treinador Rick Macci. O diretor é Reinaldo Marcus Green que aposta em uma direção mais focada nas atuações, o que é sempre bom para um drama como esse.
O que mais se destaca no filme é a mensagem de que para uma família de pessoas com condição pobre e em um país racista, o que é difícil acaba sendo mais difícil. Com momentos divertidos e outros mais sérios, King Richard é daqueles filmes para alimentar as plateias do mundo todo com mensagens positivas. E certeza de que será utilizado pelos “coaches de Facebook” para mostrar que sem trabalho duro e persistência nada pode ser alcançado.
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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