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Jurassic World – Reino Ameaçado (Jurassic World: A Fallen Kingdom) 2018 – Por Maria Eduarda Senna

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Jurassic World: Reino Ameaçado, já deixa claro no título, o motivo da trama. Owen (Chris Pratt) e Claire (Bryce Dallas) retornam à ilha Nublar (que já conhecemos da sequência anterior) para salvar os dinossauros de um vulcão que está prestes a entrar em erupção. Eles encontram novas e aterrorizantes raças de dinossauros gigantes ao descobrir uma conspiração que ameaça todo o planeta.



A partir daí a trama começa a se desenvolver, através de um roteiro assinado por Colin Trevorrow (O Livro de Henry) e Derek Connolly (Kong) que traz muitas referências ao Jurassic Park, construindo uma história extremamente bem amarrada, e que te prende do inicio ao fim, te fazendo vibrar, rir, se assustar e chorar (muito… muito mesmo). O roteiro é muito bem estruturado, os pontos de virada estão ali muito bem colocados e de fato cria uma imersão na trama e um belo plot twist… o filme acaba se tornando um thriller com elementos marcantes de suspense e horror, com uma pitada de drama.

A trama surpreende e casa muito bem com a direção que foi um belíssimo acerto! Coisa que eu senti um pouco no Jurassic World que apesar da homenagem ao Jurassic Park, deixa a desejar principalmente nos efeitos e nos próprios dinossauros.


Em Jurassic World: Reino Ameaçado, a gente de cara entende que o J.A. Bayona não está para brincadeira, com uma direção bem marcante, cheia de profundidade e planos que te tiram o fôlego e te fazem pular para a frente da cadeira. J.A Bayona pra mim é uma referência absurda em termos de direção, principalmente para tirar do roteiro e transformar o suspense em algo visível, concreto de uma maneira extremamente inteligente e visualmente LINDO, como fez em “O Orfanato” ; “O Impossível” e o maravilhoso “Sete Minutos Depois da Meia-Noite”.

Alem de tudo se casar perfeitamente com uma trilha sonora nova, muito bem executada pelo Michael Giacchino (Planeta dos Macacos; Star Trek), que traz a referência do tema de Jurassic Park criado por nada mais nada menos que o gênio John Williams.




Jurassic World: Reino Ameaçado é um presente para os fãs de Jurassic Park, é de chorar de emoção, já no comecinho… pelo menos na Cabine de imprensa onde assistimos, já de cara somos introduzidos no universo Jurássico, assistindo a um videozinho do ídolo de uma geração inteira, que é o Steven Spielberg, que literalmente vende o Jurassic “World” pra você, contando o porque ele fez o Jurassic Park em 1993, a paixão pelos dinossauros e por aí vai… é então que depois da primeira fungada de choro e emoção, o filme começa e em 5 min de filme você para e pensa “CACETA É ASSIM QUE SE COMEÇA UM FILME”


Depois daí TUDO que acontece está relacionado diretamente ao Jurassic Park, personagens novos que aparecem com os mesmo exatos trejeitos de personagens antigos que marcaram o filme, enquadramentos, e até uma cena clássica que você aí que está lendo, se for fã mesmo vai perceber na hora e DUVIDO que seus olhinhos não se encham d’água!!! A volta dos animatrônicos são o ponto brilhante que eu estava esperando ver de fato, dinossauros realistas e assustadores, me fazendo sentir o que eu senti quando assisti Jurassic Park pela primeira vez pequenininha e fiquei aterrorizada com o T-Rex e depois me apaixonei perdidamente por cada um dos dinossauros. A aparição do Dr. Malcom (Jeff Golblum) falando sobre as consequências do Jurassic Park, sobre os dinossauros convivendo com humanos é de arrepiar… Jurassic World: Reino Ameaçado é um absurdo é um prato cheio para os fãs de Jurassic Park sem a menor sombra de dúvidas, eu saí do cinema empolgada, feliz e satisfeita com tudo que foi apresentado. E com TODA A CERTEZA, que o Tio Spielberg meteu o dedinho diretamente ali em cada pedacinho haha mesmo aparecendo só como produtor executivo. 


O filme estreia dia 21 de Junho mas a pré estreia paga, é agora dia 14!! Então não perca pelo amor dos dinossauros!! Você MERECE ver esse filme é reviver a experiência de um clássico.


NOTA : 5

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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