Reviews e Análises
Homens à Beira de Um Ataque de Nervos – Crítica
Um humor francês em toda sua plenitude. Então assim… é engraçado, mas não é pra qualquer paladar. E além de divertido, a estrutura do filme é muito bem executada. Um filme divertido, pra divertir a família e mostrar que tá todo mundo meio descompensado da cabeça.
Um filme roteirizado e dirigido por Aldrey Dana (“O que as mulheres querem”, 2014, e “Se eu fosse um homem”, 2017), Que faz um trabalho de estrutura simples, mas muito bem executado. Acredito que não tenha feito uma boa escolha quando em alguns momentos resolveu usar a filmagem em câmera na mão. Mas no demais sem qualquer prejuízo técnico. Como sua parceira de roteiro, temos Claire Barrè (sem grandes trabalhos conhecidos), que trazem um texto dinâmico que conseguem trazer do drama das personagens, situações cômicas de maneira leve.
No elenco temos atores que os rostos já passaram por nossas vistas e que aqui fazem um trabalho justo e competente. são o caso de Thierry Lhermitte (“Les petits flocons”, 2019, “Um amante francês”, 2019) fazendo o papel de Hippolyte, Ramzy Bedia (“Fetiches”, 2021,”Bala perdida”, 2020) no papel de Romain, François-Xavier Demaison (“Divorce Club”, 2020, “All Inclusive”, 2019) interpretando Antoine, Laurent Stocker (“O Oficial e o espião”, 2019, “Adeus, Idiotas”, 2020) no papel de Michael, Marina Hands (“O que as mulheres querem”, 2014, “A noite do triunfo”, 2020) com o papel de Ômega, Pascal Demolon (“Sexo, amor e terapia”, 2014, “Brutus vs Cesar”, 2020) como Ivan Lenoire, Michaël Grégorio (“Depressão entre amigos”, 2012) no papel de Noé e por fim Max Baissette de Malglaive (“22 balas”, 2010) no papel de Elliot. E todos estão muito bem em seus papéis.
Mas vamos ao que se trata o filme. Sabe quando a pressão está grande e você já consegue ouvir o chiadinho da panela de pressão no ouvido? Pois é. É assim que um grupo de sete homens entre 18 e 70 anos se inscrevem para um retiro terapêutico onde inclusive potencializarão suas capacidades como homens. O primeiro problema acontece na chegada quando eles descobrem que quem ministra as lições é Ômega, uma mulher tooda ligada a natureza e as coisas de sobrevivência. E assim eles se metem em altas enrascadas nos dias que se seguem, exibindo uma coragem aaaaabsurda (Contêm ironia).
Essa critica dá um redondinho 3 pra essa comédia, qua apesar de ser boa sim, não tem nada de impressionante e genial. Mas diverte e vale a pena. Entrega o que promete.
O filme estréia dia 13 de outubro nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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