Reviews e Análises
Godzilla vs Kong – Crítica
O duelo de titãs mais esperado desde que a Warner anunciou filmes solo de cada um. Godzilla vs Kong não é a primeira vez que os dois se encontram. Existe um filme nipo-estadunidense de 1962 com o nome de King Kong vs Godzilla da Toho Studios, mas o plot é completamente diferente da versão de 2021. Em Godzilla vs Kong temos a continuidade da história dos titãs adormecidos na terra, e as teorias de quem é o alpha. É basicamente isso que faz o lagartão trocar porrada com o macacão.

E é pra isso que vamos ver o filme, nós queremos ver os dois se pegando e torcer para um deles. O duelo já foi fonte para criação de diversos podcasts, vídeos de YouTube e agora temos a resposta de quem vence: o público.
Num filme que é basicamente CGI misturado com cenas de atores, fiquei impressionado com a profundidade da história e admito que em certo momento até me emocionei. Não espera-se que um filme como GvK tenha um roteiro rebuscado, com reviravoltas e tal. Mas espera-se um roteiro cheio de ação, imagens dos civis correndo debaixo dos pés dos monstros gigantes, explosão, fogo, fumaça, berros de monstros e é isso que Godzilla vs Kong entrega.
Diversão garantida, merecedor dos milhões que já está fazendo em bilheteria fora do Brasil. Sejam bem vindos, titãs. Agora queremos ver a briga!

Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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