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Reviews e Análises

Ella & John (The Leisure Seeker) 2017 – Por Maria Eduarda Senna

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“Ella e John”, conta a história
de um casal idoso, interpretado por nada mais nada menos que
Hellen Mirren e
Donald Sutherland

Eles estão casados a mais de
30 anos e já passaram por várias coisas juntos ao longo da vida. Com filhos e
netos já adultos e bem encaminhados, Ella decide, que ela e John vão “tirar umas
férias” e sem avisar a ninguém os dois saem viajando pela estrada, no
“The
Leisure Seeker”
(trailer, que usavam para tirar férias com os filhos nos anos
1970
e que está a alguns
anos parado na garagem) em direção a Key West.


O filme se
desenrola a partir dessa “Road trip”, e  logo na primeira cena vemos o filho do Casal interpretado
por
Christian McKay (Rush), chegando para visitar os pais e
encontrando apenas a casa vazia. O filho então entra em desespero ligando para
sua irmã Jena Moloney ( Law and Order) e comunicando que os pais e o trailer sumiram, e é aí que descobrimos,
que a preocupação dos filhos vai além dos pais serem apenas idosos e estarem sozinhos na estrada.  John, sofre de Alzheimer (uma doença, que causa perda de memória) e Ella, que no
decorrer do filme, vai nos revelando que possui um tipo de câncer avançado.


Paolo Virsì trabalha
a direção desse filme de uma forma muito sensível, fazendo com que o
enquadramento conte  e fortaleça cada detalhe da história desse casal, onde o espectador
vai descobrindo gradativamente, não só sobre a vida do casal, mas como a doença
deles vai interferindo na história (sem forçar ou ser dramático).

Ella é uma mulher
fortíssima e extremamente dedicada ao marido, passa todos os dias de sua vida “sendo
a memória” de John. Com uma paciência absurda e um amor incondicional, que transcende a barreira do tempo, de uma forma muito bonita e real .

A delicadeza
da direção de Virsì, nos presenteia também com uma aula sobre essa doença triste
que é o Alzheimer e a forma que essa doença afeta não só quem tem, mas as
pessoas próximas. 



Além de nos mostrar como se faz uma comédia/drama,
sem forçar absolutamente nada, 
a trama apresenta várias situações engraçadas,  que são de extremo
bom gosto e nos fazem rir de uma forma muito sincera.  Se eu pudesse definir
esse filme em uma palavra, certamente seria:
“sorriso”. Desde o primeiro
momento em que entrei na sala de cinema até o ultimo minuto, eu estava sorrindo. Com um final que te faz pensar e refletir sobre muitas coisas,
 Ella & John é um filme emocionante e cativante, não só pelas
atuações magníficas de
Donald Sutherland (que eu achei realmente que estava com
Alzheimer) e da
Helen Mirren, mas também pela direção, roteiro, trilha…enfim.

O filme
estreia dia 5 de Abril em todos os cinemas Brasileiros e é uma
 excelente pedida para distrair, relaxar e se
sentir leve e feliz.


NOTA: 4,5



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Reviews e Análises

Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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