Reviews e Análises
Deadpool 2 (2018) – Por Maria Eduarda Senna
Dois anos depois, finalmente à espera por uma sequência de Deadpool saiu!!
Dessa vez o anti-herói mais amado do mundo, assume seu título e logo de cara vemos as cenas (barradas sempre pelo próprio Wade Wilson) ele rodando o mundo lutando contra ninjas, a yakuza e um grupo sexualmente agressivo. Após passar por uma experiência trágica, Deadpool recebe um “chamado divino” com a missão defender um jovem mutante descontrolado que foi abusado por um grupo de enfermeiros, enquanto precisa lutar com um super soldado que veio do futuro, o Cable. Então ele recruta um grupo bem estranho de pessoas com poderes bizarros e forma a X-Force. (Uma equipe estranha que faz referência aos X-men)
O filme começa com as piadinhas sarcásticas maravilhosas do Deadpool explicando o que aconteceu na sua vida depois do primeiro filme, menções engraçadas e incríveis sacaneando a produção do longa, como de costume também estão lá para gente chorar de rir.
A troca de diretores que no começo foi até questionada pelos fãs por medo de “cagarem” na sequência, é incrivelmente positiva em todos os sentidos. Tim Miller foi substituído pelo grande David Leitch (Atômica’ e ‘John Wick’,) que tem uma assinatura muito estética e visualmente linda! Sem contar nas cenas de ação que ficaram até mais incríveis que as do primeiro longa. E é aí que entramos num ponto interessante, poucas vezes (muito poucas mesmo) assisti um filme onde a sequência consegue ser melhor que o primeiro. E Deadpool 2 nos presenteia justamente com uma sequência muito melhor que a original!! No primeiro Deadpool temos ali a apresentação do personagem, a história por trás de Wade Wilson e claro que sempre consolidando a personalidade forte e sarcástica do Deadpool. Nesse segundo filme temos um Deadpool mais humano que tá ali entre ser herói e anti Heroi o que funciona muito bem graças ao roteiro incrível que nos é apresentado.
A dupla de roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick (‘Zumbilândia’) consegue colocar nessa sequência tudo que funcionou no primeiro Deadpool e aplicar em dobro e com uma maestria absurda!! O Drama e a comédia estão perfeitamente equilibrados, num roteiro (mais uma vez) cheio de referências não só ao universo Marvel, mas ao universo DC, senti até uma pontinha de desejo do Deadpool ser um anti Heroi da DC ( haha brincadeiras a parte), a construção do roteiro funciona perfeitamente, repleto de reviravoltas de tirar o fôlego.
Outra marca registrada do nosso FUCKING DEADPOOL, com certeza é a trilha sonora oitentista que volta tão sensacional quanto da primeira vez, cheia de clássicos e referências que fazem você sair do cinema cantarolando, de Celine Dion a A-ha!!
E como não poderia faltar vamos falar desse elenco incrível que foi um excelente acerto do primeiro longa e agora novamente foi um acerto muito maior!!! Como sempre comentei, um dos meus personagens favoritos da Marvel é o Deadpool (eu olha que sou DC totalmente maaaas…) sempre li os quadrinhos e definitivamente o Ryan encontrou a fórmula perfeita pra viver o melhor anti-herói dos cinemas. Deadpool é a melhor adaptação de quadrinhos feita até hoje. Ryan Reynolds merece ser venerado por toda uma geração. Temos também nomes que agregaram 100% no filme como Josh Brolin, que deu vida ao Thanos agora em Guerra Infinita, vivendo o Cable, um soldado do futuro que volta no tempo para salvar a família, e temos aí mais uma incrível adaptação de personagem. Eu já era fã do Brolin desde os Goonies, hoje então a admiração só aumentou. Outro destaque vai para a deusa da Zazie Beetz, que definitivamente é a Domino perfeita!!!
Então já sabem, Deadpool 2 vale a pena ser visto por absolutamente tudo!! Você sai do cinema com a sensação de que você supriu suas expectativas e que Deadpool é o melhor filme da Marvel (vai ver que é por causa da Fox). E não esqueçam de ficar para as cenas após créditos, que muito muuuuito dificilmente algum filme vai superar essas cenas!!!
NOTA: 5,0
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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