Reviews e Análises
Pelé (Netflix) – Crítica
O documentário “Pelé” lançado pela Netflix conta o período de 12 anos da vida do Rei do Futebol, entre 1958 e 1970, quando o Edson Arantes do Nascimento deixou de ser uma promessa para ser o maior jogador de futebol do mundo. Ainda hoje como o único a vencer três Copas do Mundo como jogador (sem contar técnico ou membro de comissão técnica), Pelé foi um fenômeno assim como os Beatles. O documentário demonstra como Pelé foi significativo para o Brasil e sua população e também para o mundo nessa época.
Com um tom bem chapa-branca, o documentário traça um paralelo entre a história que o Brasil viveu nesse período e como o Pelé foi importante para a visibilidade e crescimento do País durante os anos em que ele jogava pela Seleção e pelo Santos F.C. O filme narra, com entrevistas de Pelé e outros jogadores, jornalistas, políticos e celebridades, a relevância do futebolista para a sociedade. Ao abordar o período da Ditadura Militar e do golpe de 1964, o documentário chega a questionar a falta de posicionamento político de Pelé a partir de então e como a vitória da Seleção na Copa de 1970 foi importante para acalmar os ânimos da população e melhorar a popularidade do governo militar. O filme dá até uma explicação plausível e que justifica o posicionamento (ou a falta) do Pelé de forma precisa. E ninguém o julgará por isso.
Mas o filme brilha mesmo é ao mostrar, em imagens lindas, brilhantes e bem-conservadas, o gênio futebolístico que foi Pelé. Em uma época em que o futebol ainda era muito ingênuo, Pelé foi um jogador que obrigou todos os outros times a mudarem a forma como jogavam, de forma a poder pará-lo. E mesmo assim, nem sempre conseguiam. E aí entram uma sucessão de lances maravilhosos, gols incríveis, dribles geniais que só quem ama o futebol poderá entender. Pelé é um documentário fundamental para quem quer entender mais sobre o período mais obscuro pelo qual passou a sociedade brasileira, muito sobre quem foi o gênio Pelé, mas pouco sobre quem é a pessoa Edson. Quem sabe uma série faria mais justiça. Mesmo assim, indispensável para quem adora o esporte bretão. Vamos se juntar ao Chaves do oito e “ver o filme do Pelé”?
Reviews e Análises
Mickey 17 – Crítica

Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.
Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.
No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.
O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.
Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.
Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.
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