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Reviews e Análises

Com Amor e Fúria – Crítica

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Um bom drama e uma história de amor difícil. Assim eu poderia resumir esse filme que tem muitos movimentos emocionais da personagem e carregado de escolhas difíceis. A dificuldade está no tempo do filme. Ele não cria uma barriga, mas vai te conduzindo em um ritmo lento apesar da tensão na trama.

Sara e Jean, “Com amor e Fúria, Synapse, 2022

Claire Denis, que assina a direção desse filme, e já tem em seu currículo “35 doses de Rum”, de 2008, “Bastardos”, de 2013, e “High Life”, de 2018, aqui faz um trabalho escalonado de apresentar muito bem as personagens e seus conflitos. A diretora traz a agonia da personagem e também sua instabilidade já na forma em que as cenas são filmadas. A escolha pela lentidão do processo me parece uma escolha para que o espectador tenha mais tempo de perceber os detalhes de toda a cena. Um ótimo trabalho.

Sara e François, “Com amor e fúria”, Synapse, 2022

No roteiro, temos a participação de Claire, que demonstra uma grande intimidade com o texto e as visões que quer passar. E temos também Christine Angot, que tem na sua trajetória “Um amor impossível” de 2018, e “Deixe a luz do sol entrar” de 2017. O roteiro está muito bem escrito e organizado. A construção da jornada das personagens é bem rica e cheia de detalhes.

Já no elenco temos um bom trabalho. Em alguns momentos se destaca em uma ótima atuação. MAs o filme oscila pouco na exigência da performance desses artistas. Mas entregam e entregam bem. E temos Juliette Binoche (“Paciente Inglês”, 1996, “”A Vigilante do Amanhã: Ghost In the shell”, de 2017”) como Sara, Temos Vincent Lindon (“O último amor de Casanova”, de 2019, e “Rodin”, de 2017) como Jean e Pra completar o trio principal da trama Gregoire Colin (“Bastardos”, de 2013, e “Pura Paixão”, de 2020) como François. E esse Trio tem um dramãaaaao.

Jean, “Com amor e fúria”, Synapse, 2022

Mas chegando de enrolação vamos ao que interessa. E o que é esse filme? É sobre uma mulher, Sara, que é casada com Jean, mas do nadão a vida resolve trazer de volta François, o ex. O lance é que essa relação ainda havia deixado pendências do passado e alguns desejos na gaveta, além de que não foi nenhum modelo de relação perfeita..Jean por sua vez, tem uma decepções no passado (que não tem?) e isso traz algumas marcas na sua postura e inclusive preocupações com seu filho. E se esse temperinho não fosse bom o suficiente, François e Jean, que ja tiveram uma amizade boa no passado, mas que ficou lá, resolvem reatar a amizade e ainda firmarem sociedade. É pra lascar a sanidade de Sara. Agora você vai ter que assistir pra saber o que acontece com esses três. 

Essa crítica dá um 4/5 pra esse filme e diz que vale bem a pena, mas se você gosta de um drama.

Avaliação: 4 de 5.

O filme estreia dia 03 de novembro, nos cinemas.

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Reviews e Análises

Mickey 17 – Crítica

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Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.

Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.

No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.

O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.

Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.

Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.

Avaliação: 4.5 de 5.
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Burburinho

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