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Reviews e Análises

Chamas da Vingança (2022) – Crítica

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Refilmagem de filme de 1984, Chamas da Vingança é baseado em um livro de Stephen King. A menina Charlie McGee (Ryan Kiera Armstrong) possui poderes extraordinários. Algumas de suas emoções mais extremas liberam seu corpo e mente para fazerem as coisas ou pessoas ao seu redor pegarem fogo. Ela é filha de Vicky (Sidney Lemmon) e Andy (Zac Efron), pais que sofreram experiências pelo governo no passado. O pai desenvolveu poderes telecinéticos e de controle da mente, mas está sofrendo os efeitos adversos do seu uso indiscriminado. Ao serem caçados pelo grupo que fez os experimentos com eles, uma tragédia acontece e eles precisam fugir de seus perseguidores.

Hollywood já deveria ter aprendido que nem todo livro de Stephen King é bom. E esse então, pelo amor de Deus, é um desastre. A versão de 1984 já era ruim e essa então consegue se manter tão horrorosa quanto. Nem Zac Efron salva. Diálogos ruins, ritmo caído, efeitos fracos, trilha sonora equivocada, nada no filme funciona. Em momento algum o espectador se importa com os personagens, se envolve na história ou fica realmente assustado com os acontecimentos.

Eles ainda tentam fazer um clima de que é um filme em que as pessoas possuem super-poderes como os super-heróis tão populares nos filmes de hoje, mas tudo ali a gente já viu em outras obras. O pai desesperado em proteger a filha; a filha inocente que não tem culpa de seus poderes e que precisa aprender a lidar com eles para poder realizar outros feitos espantosos; o vilão mal-encarado que tem redenção no final; é um clichê atrás do outro.

E o pior de tudo é saber que quem produziu essa bomba foi a Blumhouse, famosa por ter renovado o gênero de terror no cinema nos últimos anos. Quando aparece a logo da produtora no começo deu até uma esperança de que ia ver algo decente. Pena que não foi possível concentrar meus poderes e fazer essa fita pegar fogo.

Avaliação: 1 de 5.
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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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