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As Tartarugas Ninja: Caos Mutante – Crítica

Talvez as Tartarugas Ninja sejam as personagens que mais passaram por reformulações na história do entretenimento. Começa que nenhuma versão para cinema ou TV, até hoje, foi igual à dos quadrinhos. Então, fidelidade não é algo que se pode esperar da franquia. Isto posto, “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” é o mais novo reboot que, com certeza, não foi feito para agradar o velho fã, mas sim tentar conquistar a geração alfa.
Diferente da última vez em que vimos as personagens em live-action, dessa vez elas vêm em animação, extremamente influenciada pelo estilo visual de “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”, mas sem perder sua identidade. Os rabiscos do rascunho que não foi apagado, unido a algo que parece ter sido desenhado meio de qualquer jeito, às pressas, dão um charme único à animação. O diretor e roteirista do filme é Jeff Rowe, também responsável pelo excelente A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (2021). No roteiro temos a colaboração de Kyler Spears (Ursos Sem Curso) e a dupla de Superbad e Festa da Salsicha, Evan Goldberg e Seth Rogen. Seth inclusive é o produtor do filme e dubla, no original, o Bebop.
Nessa versão, tudo é um pouco diferente do que estamos acostumados. Mas nem tudo. Ainda são quatro tartaruguinhas que entram em contato com um líquido gosmento verde e sofrem mutações. Criadas por um rato mutante, vivem no esgoto e treinam a arte do ninjitsu para combater o clã do pé e o crime na cidade de Nova Iorque enfrentar uma mosca gigante mutante e seus asseclas (também mutantes) que querem destruir a humanidade. Entendeu agora porque eu disse que é a mesma coisa só que diferente?
E talvez isso de ser parecido, só que diferente, não agrade muito aos fãs mais antigos das personagens. O filme transparece ter como público alvo quem nunca teve contato com as tartarugas e adaptou várias coisas para se conectar com as gerações mais novas. A começar pelas próprias tartarugas, que pela primeira vez no cinema são interpretadas por adolescentes de verdade. Isso dá pra perceber nas escolhas das vozes, que ainda estão bem naquela transição entre a criança e o adulto, quando qualquer descuido gera uma desafinada.
O tema principal do filme é o preconceito; sobre se sentir um peixe fora do aquário; sobre ser aceito pela comunidade pelo que você é. Isso ressoa, ou não, com as gerações mais atuais, onde a inclusão e a diversidade são incentivadas (e até mesmo exigidas)? Todos os personagens no filme só fazem o que fazem por uma razão: foram rejeitados ou sofreram bullying/preconceito e querem ser aceitos e amados.
Cada um tem o seu trauma pessoal e isso reflete na forma com que o personagem age até o fim do filme. April O´Neil é uma adolescente, assim como as tartarugas, que sofreu bullying na escola e quer provar para todos que é uma excelente repórter ao conseguir um furo de reportagem. Splinter era um rato que se sentia odiado e por isso cria as tartarugas no esgoto, sem chance de terem contato com a humanidade. Nada dele ter sido um pet de um antigo ninja japonês aqui. Ele coloca as “crianças” para aprender artes marciais para que elas possam se defender dos humanos. Inclusive o Splinter talvez seja a personagem que mais tenha sofrido por conta de escolhas esquisitas de roteiro.
Até mesmo o vilão do filme, o tal de Super Fly, faz o que faz por que o seu “pai” e criador, Baxter Stockman, foi atacado e morto por humanos e tal. Tem também uma outra vilã no filme, chefe de uma força-tarefa que caça os mutantes, que nunca fica claro quem é ou de onde é ou porque faz o que faz. Em um momento parece querer o fim dos mutantes, depois quer usar o sangue dos mutantes para criar outros mutantes… ficou bem perdido mesmo.
Apesar de tudo isso, eu ainda consegui me divertir com o filme. Momentos dramáticos bem construídos, cenas de ação interessantes e uma animação muito fluída e visualmente encantadora. Pena que algumas piadas se perdem na tradução para a versão dublada e a comédia, que sempre foi algo muito forte na franquia, deixa bem a desejar.

E é isso. As Tartarugas Ninja: Caos Mutante é uma animação infantil, bobinha até, com bandeiras de inclusão social levantadas sem ser panfletário, que diverte mas deve ressoar melhor com as gerações mais novas. Assim como a animação dos anos 90 fazia a cabeça do vovô aqui.
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Universal Pictures inicia hoje pré-venda de ingressos do live-action Como Treinar o Seu Dragão

Com estreia oficial marcada para 12 de junho, a produção contará com sessões antecipadas nos cinemas brasileiros a partir do sábado, dia 7 de junho
Depois de promover a vinda do elenco e do diretor ao Brasil, a Universal Pictures anuncia hoje a abertura da pré-venda de ingressos de Como Treinar o Seu Dragão (How to Train Your Dragon), primeiro live action da história do estúdio baseado na adorada franquia da DreamWorks Animation. O público pode já garantir seus ingressos para sessões antecipadas do filme que chegam aos cinemas a partir de 7 de junho. A estreia oficial no Brasil está marcada para 12 de junho.
Em comemoração ao lançamento do filme, os fãs da franquia ainda poderão ver de perto, a partir de hoje, uma estátua do Banguela – Fúria da Noite que é protagonista da história. Com 2 metros de altura por 5,2 metros de comprimento, a estátua ficará exposta entre hoje e 25/5 em frente ao Shopping Cidade São Paulo e depois seguirá para outros locais em SP e RJ.
Inspirada na série de livros best-seller do “New York Times”, de Cressida Cowell, Como Treinar o Seu Dragão se passa na acidentada Ilha de Berk, onde vikings e dragões são inimigos há gerações. No centro da história está Soluço (Mason Thames), o engenhoso e negligenciado filho do Chefe Stoico (Gerard Butler). Desafiando as tradições de seu povo, Soluço forma uma amizade improvável com Banguela, um temido dragão Fúria da Noite. Juntos, eles revelam uma nova verdade sobre os dragões e questionam as crenças mais profundas da sociedade viking.
Ao lado da corajosa e determinada Astrid (Nico Parker) e do excêntrico ferreiro Bocão Bonarroto (Nick Frost), Soluço precisa enfrentar um mundo dividido pelo medo e mal-entendidos. Quando uma antiga ameaça ressurge, colocando em risco a sobrevivência de vikings e dragões, a amizade entre Soluço e Banguela torna-se a chave para um novo futuro. Juntos, eles devem trilhar o caminho em direção à paz, ultrapassando os limites de seus mundos e redefinindo o que significa ser herói e líder.
O longa tem distribuição da Universal Pictures e estará disponível nos cinemas a partir de 12 de junho também em versões acessíveis. Sessões antecipadas a partir de 7 de junho.
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