Reviews e Análises
Aqueles Que Me Desejam a Morte – Crítica
Angelina Jolie está de volta aos filmes de ação, e trouxe com ela um elenco de peso. No filme Jolie interpreta Hannah, uma bombeira florestal que está lidando com um trauma recente e acaba se deparando com Connor (Finn Little), um rapaz que está fugindo dos assassinos de deu pai.

Finn Little dá um show de atuação e eleva as cenas mais dramáticas do filme, Jolie encarna a versão feminina de John McClane: uma pessoa normal que se vê no meio da treta e faz o que é certo. Aidan Gillen (Game of Thrones, Maze Runner) e Nickolas Hoult (X-Men Dias de Um Futuro Esquecido, Mad Max) são os dois assassinos metódicos e frios que perseguem a dupla sem dó nem piedade.

O filme conta ainda com John Bernthal como o policial Ethan; Jake Weber encarnando muito bem Owen, o pai de Connor; Medina Senghore como Allison, a esposa de Ethan. Dirigido por Taylor Sheridan, o filme é uma montanha russa de emoções, repleto de cenas de ação e polvilhado de efeitos práticos e visuais que entregam uma trama simples mas muito real ao público.

Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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