Reviews e Análises
A série de TV da Mulher-Maravilha
Antes de Gal Gadot chegar às salas de cinema como a Mulher -Maravilha em Batman V Superman a Origem da Justiça, tivemos uma outra atriz que, por anos a fio, foi o rosto que representava a heroína da DC em carne e osso.
Lynda Carter ficou famosa por assumir os braceletes, a tiara e o famoso laço da verdade na série de televisão da personagem que foi ao ar entre 1975 e 1979. A primeira temporada foi exibida pela rede ABC e o resto foi bancado pela CBS.
Abertura de Episódio Dublado pela Herbert Richards
A série foi um grande sucesso e sua temporada inicial se passava, como na origem da personagem, durante a Segunda Guerra Mundial, e seguia bem a história original, com a queda de Steve Trevor na Ilha Paraíso. As amazonas que moram ali descobrem que o mundo do patriarcado está em guerra contra o Nazi-Fascismo e a Rainha Hipólita decide enviar a mais poderosa de suas guerreiras para ajudar os Aliados.
A escolhida, obviamente, foi a princesa Diana que ao chegar aos Estados Unidos se disfarça de enfermeira para proteger a sua identidade real e estar próxima dos conflitos.
A série trazia todos os elementos clássicos da personagem, como o laço da verdade, o uniforme de calcinha bandeirosa e até mesmo o avião invisível.
Por mais ridículo que fosse, a ideia é bem maneira, vai…
Também surgiu na série o famoso giro da transformação, no começo bem simples, mas com as temporadas seguintes foi adicionado um efeito luminoso para dar mais impacto.
Quando passou a ser exibida pela CBS, a partir de sua segunda temporada, a série passou a se chamar As Novas Aventuras da Mulher-Maravilha. Além disso, as histórias começaram a ser mais contemporâneas, com Diana vivendo suas aventuras nos anos 70 mesmo (obviamente para baratear o custo da série).
Abertura da segunda temporada, já com o novo nome da série e música diferente.
Hoje em dia, Lynda Carter aparece na série de tv da Supergirl como a Presidenta Olivia Marsdin. É uma bela forma de homenagear uma mulher ícone da televisão e a representação da mais famosa das super-heroínas de todos os tempos. Recentemente, para promover o novo filme da Mulher-Maravilha, o seriado da Supergirl pegou emprestado alguns apetrechos da heroína e fez esse primo bem legal.
E a Lynda Carter foi na premiere de Mulher-Maravilha como convidada e posou ao lado da Gal Gadot para fotos e filmagens. Literalmente a geração anterior, passando o bastão para a nova geração. Coisa linda de ver.
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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