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Reviews e Análises

A Ilha de Bergman – Crítica

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Um casal de cineastas apaixonados pela obra do diretor sueco Ingmar Bergman viajam até a ilha de Färo, onde ele morou e fez algumas de suas obras nos últimos anos de sua vida. Lá, enquanto conhecem o local e seus atrativos envolvendo a história e a obra do diretor, tocam seus projetos pessoais até o momento em que ficção e realidade começam a se misturar. Dirigido por Mia Hansen-Love, A Ilha de Bergman tem uma narrativa de filme europeu, e é uma homenagem explícita aos temas tratados por Bergman em seus filmes.

Vicky Krieps interpreta Chris, uma cineasta que passa por um momento delicado em sua carreira. Ao mesmo tempo em que se esforça para emplacar o novo roteiro, está envolvida com o famoso cineasta Tony, interpretado por Tim Roth. A dúvida entre construir uma carreira e dedicar-se à família é um tópico que a consome. A influencia ultrapassa a vida real quando ela começa a colocar o reflexo de seu dia-a-dia no roteiro de um novo filme, que chega a um impasse paralelo.

O filme tem a metalinguagem como uma ferramenta-chave para seu próprio desenvolvimento, tanto ao falar sobre os filmes de Bergman como ao ter um filme sendo realizado dentro do filme. Em alguns momentos as histórias se misturam e a cabeça quer dar um nó, até o desfecho deixar a gente tirar as nossas próprias conclusões. A Ilha de Bergman é um filme bonito, bem feito, bem fotografado, mas com uma história que talvez funcione muito melhor para os fãs do diretor sueco homenageado.

Avaliação: 3 de 5.
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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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