Reviews e Análises
A Freira (The Nun) 2018 – Review – Por Maria Eduarda Senna
O filme começa, quando uma freira em um convento na Romênia, comete suicídio, se enforcando. Um Rapaz que que trabalha numa aldeia próxima encontra o corpo da Freira e conta para as pessoas da cidade mas ninguém acredita nele, ou pelo menos não vão conferir por acreditar que o convento que é “excluído” da aldeia é um lugar amaldiçoado. Para investigar o caso, o Vaticano envia um padre e uma noviça, esperando que eles obtenham respostas dos acontecimentos esquisitos que lá existem, e eles acabam descobrindo um demônio profano.
Bom, o filme é bonito visualmente, o trabalho de fotografia é ótimo e lembra a fotografia bem feita de invocação do mal. A direção fica por conta de Cory Hardy que não surpreende muito mas faz um bom trabalho.
O roteiro para mim deixou muito a desejar, e para quem assistiu e acompanhou “Invocação do Mal” já está “familiarizado” com a Freira demoníaca ou melhor com o demônio Valak, que está por trás dela, e era isso que eu esperava do filme, o filme não se aprofunda na história de Valak, não explica o porquê de ser uma Freira sendo que ele pode assumir qualquer forma. Inclusive me impressiona que esse roteiro tenha dedo do James Wan….
As atuação estão ótimas, a Taissa Farmiga é uma excelente atriz e está ótima no papel, porém (como eu disse) esperava outra coisa, esperava que contasse a história da possessão dela, de como o espírito maligno se manifesta, o desconhecido que dá medo, e nada disso é passado. Quando se tem uma coisa palpável, real, se perde um pouco o lance do sobrenatural, do medo genuíno, fiquei decepcionado aí ver que misturaram as duas coisas pra representar isso no filme. Não vou dar spoilers mas quando assistirem vão entender melhor.
Muito jumpscare, bons até, mas parece que eles estão ali pra compensar a sensação de medo que eles criam muito poucas vezes, são boas até as cenas de suspense, porém pouco exploradas, ao invés disso sempre uma Freira com a cara do Marilyn Manson gritando e até mesmo meio zumbi apelando pro susto, não me fizeram levar muito a sério. Acho que desde a primeira vez em que vi a Freira em invocação do Mal eu não consegui levar a sério justamente por ela me lembrar muito o Marilyn Manson, mas quando vi o trailer e levei o primeiro susto, me dispersou uma curiosidade é uma vontade absurda de assistir, porém o trailer nos apresenta um filme totalmente diferente no quesito história e é isso como eu disse que me decepcionou bastante.
O elenco conta com Taissa Farmiga (AHS; Final Girls) , Demián Bichir (Os 8 Odiados; Machete Kills) Jonas Bloquet (Valerian; A Família). O filme estreia dia 5 de Setembro e é um prato cheio para aqueles que gostam de terror com bastante jumpscare, apenas.
NOTA: 2,0 (porque eu gosto muito da Taissa Farmiga e a fotografia tá bonita)
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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