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Reviews e Análises

Review – Brightburn – O Filho das Trevas por Maria Eduarda Senna

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“Como seria se o Superman fosse do mal?” Essa é uma pergunta intrigante para qualquer fã de quadrinho, e é exatamente essa a premissa desse filme. “Uma criança alienígena cai no terreno de um casal da parte rural dos Estados Unidos, eles decidem criar o menino como seu filho. Porém, ao começar a descobrir seus poderes, ao invés de se tornar um herói para a humanidade, ele passa a aterrorizar a pequena cidade onde vive, se tornando uma força obscura na Terra.” (Sinopse- Rotten Tomatoes)


O filme começa exatamente como a história do Superman, é nítida a homenagem criada em cima da história do super herói mais poderoso da DC, Brian e Mark Gunn (irmão e primo de James Gunn) criaram um roteiro original, mostrando como seria o mundo se o Superman fosse um vilão ao invés de um herói, se seu objetivo fosse destruir o mundo e não salvá-lo… bom a ideia é INCRÍVEL é intrigante principalmente para quem consome a indústria dos quadrinhos, mas como roteiro, deixa de fato a desejar um pouco, trazendo alguns furos e muitos clichês (o que não me incomoda).
A direção fica por conta de David Yarovesky (A Colmeia), que me surpreendeu trabalhando as cenas de violência de uma forma bem contemplativa, mostrando bastante sangue (inclusive a maquiagem desse filme é um espetáculo à parte). Já o terror fica meio de lado, Yarovesky trabalha bem até o suspense, mas acaba deixando o terror meio de lado, transformando o filme num suspense mais gore eu diria. A fotografia casa bem com o contexto e a direção, a maquiagem e os efeitos estão de fato muito bons.



O elenco de Brightburn não decepciona, o filme gira entorno mais da família Breyer: Tori Breyer (Elizabeth Banks), Kyle Breyer (David Danman) e do filho (Superman do capiroto) Jackson A. Dunn (Brandon Breyer). Jackson está incrível no papel e convence bem como uma criança psicopata e a forma como a personagem oscila de humor quando começa a receber sinais que não é “comum”, quando ele descobre de fato que não é desse planeta, e qual é a sua missão na terra. O outro destaque, não é novidade nenhuma que seria Elizabeth Banks, que vem destruindo em atuações a um certo tempo. A personagem dela tem uma carga emocional bastante difícil, e Banks trabalha bem isso, da mãe que realmente luta para defender o filho, e faz tudo por ele mesmo sabendo que tem algo errado dentro dele, meio que buscando uma redenção.Essa atuação da Elizabeth Banks traz uma dinâmica para o filme principalmente ali no final.

Bom o filme é legal, eu realmente gostei, apesar de estar esperando um pouco mais. Acho que o filme entrega de fato o que ele se propõe como história, e atende bem quem gosta de quadrinhos e um terror suspense meio gore. Num todo o filme funciona bem tirando algumas coisinhas que realmente poderiam ser melhor trabalhadas na questão roteiro.


Nota: 3,5
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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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