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Reviews e Análises

Hypnotic – Ameaça Invisível – Crítica

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Gostaria mesmo de boas palavras pra descrever esse filme que não vai muito além de mediano. E olha que nem é perseguição com Ben Afflec, mas realmente ele não ajuda. O filme como um todo também não prende, mas entretém. Acho que aqui foi a coisa de ter uma ideia maravilhosa, mas na execução faltou alguma coisa de mais maduro. Talvez ele não tenha me hipnotizado ou porque sou chato, o que é uma grande verdade. 

“Hypnotic – Ameaça invisível”, Diamond Films, 2023

 A direção é de Robert Rodriguez, mesmo de “Pequenos Espiões 4” de 2011 e “Machete mata” de 2013, ou seja, sabemos que a carreira dele é bem meio a meio. Aqui ele apresenta uma boa visão técnica no jogo de câmeras e fotografia, mas a direção de atores ficou aquem na atenção, ficou pobre. Uma coisa que chamou a atenção é que ele propões um cenário bem interessante, mas isso não faz destacar.

O roteiro é dele junto com Max Borenstein, que tem em seu currículo o roteiro dos últimos filmes do Godzilla e Kong, mas aqui me traz uma proposta interessante, mas com pouca construção para dar força ao argumento. A premissa é interessante, mas não tem profundidade, com isso a história acaba por não ter densidade e firmeza. Ficando até um pouco bobo. Ainda jogam dramaticidade no colo do Ben Affleck.. E isso não bem o forte do rapaz.

“Hypnotic – Ameaça invisível”, Diamond Films, 2023

No elenco temos Alice Braga como Diana Cruz e está mandando muito bem. Ela sustenta muito bem a proposta. Temos também William Fichtner como Lev Dellrayne, que também tem uma atuação padrão dele. E por fim Ben Affleck fazendo um belo manequim, brincadeira, Danny Rourke. Ben está fraco em expressões e não consegue levantar a cena de ação. A atuação de modo geral não tá de milhões e como precisa de uma entrega diferente nesse caso, a coisa fica mediana.

O filme conta a história de de um pai procurando sua filha, e tudo que tem é a pista de uma foto encontrada em um cofre do banco onde aconteceu um baita assalto e o principal suspeito é uma pessoa que atua de forma misteriosa. E graças a uma vidente ele descobre o universo dos Hipnóticos e pessoas que tem o poder de controlar outras apenas com uma ordem. Existe também um supremo hipnótico, mas existem os que são resistentes ao poder deles. A busca e a luta vai indo muito bem até que algo faz a história dar uma guinada 180 graus. Mas eu não vou contar não. Você vai ter que ir assistir e depois contar o que achou. Aguardo você.

O filme estreia dia 26 de Outubro nos cinemas.

Avaliação: 2 de 5.

A nota pra esse filme é 2 de 5, porque a Alice Braga está realmente muito bem.

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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