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Circulo de Fogo – A Revolta (Pacific Rim: Uprising) 2018 – Por Maria Eduarda Senna

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Vamos lá, tanto o primeiro filme da franquia, “Círculo de Fogo” quanto o segundo, “Círculo de Fogo – A Revolta”, são filmes considerados, “Lado B”, que tem um público muito específico, que realmente ama esse gênero!!  E até mesmo para quem é apaixonado, “Círculo de Fogo – A Revolta” deixa muito a desejar, principalmente pra quem curtiu muito o primeiro, que foi dirigido pelo vencedor do Oscar de 2018, Guillermo Del Toro.


“Círculo de Fogo – A Revolta” se passa dez anos após os humanos vencerem a guerra contra os kaiju, e selarem a fenda interdimensional de onde esses alienígenas atravessam pro nosso mundo. No primeiro filme, o personagem de Idris Elba se sacrifica para que isso aconteça. Nessa segunda parte, o filho dele, Jake, que é interpretado por John Boyega (o Finn de Star Wars) se torna o protagonista da nova trama e desde o primeiro minuto de filme, ele afirma não ser como o pai, mas como uma boa e velha jornada do herói (que é exatamente o que o filme é) ele vai acabar se redimindo. E o longa é exatamente isso, apenas um grupo de recrutas adolescentes que são comandados por Nate Lambert (Scott Eastwood, filho do genial Clint Eastwood, que por sinal ainda não herdou metade do talento do pai) e eles passam a meio que reconstruir os robôs que são os chamados “jaegers” e mais uma vez tentar salvar o mundo. 

O diretor Stevens S. Knight conhecido por produzir os seriados “Spartacus”, “Demolidor” e por escrever “Smallville” e “ Buffy A Caça Vampiros”, faz sua estreia em longas metragens nesse filme, deixando um pouco a desejar no quesito direção, apesar de algumas boas sacadas, parece que ele não pegou no tranco. Bom, as atuações convencem muito pouco. Mas é claro que se você gosta muito do gênero (além de querer me matar haha) até que vai curtir o filme. Só não vá esperando algo parecido com o Primeiro Círculo de Fogo ou um roteiro bem elaborado. Desligue o cérebro é bom filme! 

NOTA: 1,0/5,0

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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