Reviews e Análises
Velozes e Furiosos 10 – Crítica
Eis um filme que se você diz coisas como “que filme mentiroso”, “tão verdadeiro quanto nota de 3 reais” ou “Que filme ruim!”, sabemos que você tem o coração peludo. Você é o coração gelado. É um filme que se leva até o compromisso de explodir adrenalina, mas de nitro, turbo e carrão. E não venha apenas achando que é testosterona, modelos e adrenalinas, existe um drama como rodovia principal bem pavimentado e sinalizado.
O filme tem a direção de Louis Leterrier, mesmo de “Carga Explosiva” de 2002 e “Truque de Mestre” de 2013. Bom, vou dizer que apesar de ter alguns momentos em que o CGI entregou pouco, o filme está maravilhoso de efeitos como um todo. As escolhas de câmera, inclusive, são maravilhosas para resolver alguns possíveis problemas com atuação. Realmente é um tipo de filme que fica muito visível quando sem um diretor presente. E que ritmo! A experiência em filmes de ação faz com que a adrenalina do espectador seja capturada e turbinada.
No roteiro tem a condução de Dan Mazeau (“Fúria de Titans 2” de 2012), Justin Lin (“Velozes e Furiosos 4, 5, 6 e 9”) e Gary Scott Thompson (Basicamente todos os Velozes e Furiosos”). E vou dizer que se em alguns filmes da franquia a gente percebe que o roteiro se perde, nesse não. Podemos dizer que não é de uma profundidade destacável, mas ele não é uma história vazia. A proposta mais dramática não abafou a adrenalina que é a linha principal do filme, o roteiro tá redondinho e prende o interesse do espectador.
Sobre o elenco. O que dizer? São rostos já conhecidos e já provaram para gente seus pontos fortes e fracos atuando em Velozes e Furiosos, inclusive com aparição do Brian. Temos Vin Diesel, Michelle Rodriguez, Jason Statham, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Ludacris, Nathalie Emanuel, Charlize Theron, Sung Kang, John Cena e Helen Mirren. De rostos novos temos Brie Larson, Alan Ritchson, Daniela Melchior, Jason Momoa e Leo Abelo Perry (com apenas 10 anos). O elenco está redondinho e a condução do diretor valorizou muito bem o trabalho dos atores potencializando algumas cenas que tinham tudo pra deixar a desejar. Agora os rostos novos realmente estão segurando muito bem. Ouso dizer que jogam para cima a qualidade.
Sobre o que o filme se trata… ahhh fala sério. Carros, drifts, perseguições, explosões, quebra das leis e das leis da física, e vilões furiosos. Mas pra além disso tem um filho furioso. Lá no filme onde eles quebraram tudo no Rio, o traficante foi morto, mas deixou um filho, Dante (interpretado por Jason Momoa) que agora quer vingança. Mas ele não quer apenas se livrar do Toretto, quer fazer ele sofrer destruindo sua família e equipe. Aprontando uma grande emboscada, ele coloca a equipe de Toretto em uma posição complicada, inclusive tornando essa equipe como procurados internacionais, por agências e mercenários. E agora Toretto? O que você vai fazer? Você vai conseguir salvar a todos? Assista o filme e depois nos conte o que achou.
Essa crítica dá nota 4 de 5 com a ansiedade atacada.
O filme estreia dia 19 de maio em todos os cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
-
Reviews e Análises3 semanas ago
Megalópolis – Crítica
-
Reviews e Análises2 semanas ago
Ainda Estou Aqui – Crítica
-
CO23 semanas ago
CO2 333 – Multa no Vulcão e o Pai Congelado
-
Notícias2 semanas ago
Warner Bros. Pictures anuncia novas datas de lançamento para os filmes Acompanhante Perfeita e Mickey 17