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Alerta Máximo – Crítica

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Baita filmão de Tela quente ou Temperatura máxima. Enchendo você de adrenalina com uma história com profundidade de um prato de sopa, mas mostrando como as pessoas podem ser incríveis ou que “podem haver coisas boas onde não se espera”. Mas aqui se espera sim! E muito com essa dupla de protagonistas aí. Será que eu preciso dizer que forçaram a barra? Não, né? Que bom. Então vamos lá.

Piloto Broadie, “Alerta Máximo”, Paris Films, 2023

Direção de Jean-Fronçois Richet, conhecido por dirigir “Inimigo Público Nº1” de 2008 e “Herança de Sangue” de 2016, aqui mostra que manja dos paranuaês de fazer filme com adrenalina, tiro, porrada e míssil. E não decepcionou. Em alguns momentos os efeitos se fazem visíveis, mas a velocidade da cena não te deixa reparar muito não. As escolhas de cenas foram boas e, para um filme de ação, até que com baixa suspensão de descrença. O cara fez um bom trabalho. E elogio especial pra trilha sonora, que olhaaaaa.. tá de parabéns.

O roteiro tem a dupla J. P. Davis (“Luta e Glória” de 2004 e “Contato Perigoso” de 2022) e Charles Cumming, e aqui vou dizer: podia mais. O filme é bem bê-a-bá no que se refere ao esqueleto de roteiro e no desenvolvimento vão surgindo coisas que nos fazem lembrar que é um bom filme de ação com inspiração nos filmes da temperatura máxima. As falas das personagens não são pobres, mas tem horas que o desenrolar dos motivos são bem qualquer coisa. O diretor trabalhou bem pra amenizar isso. Mas ainda assim, passa. E nem tô falando de raiva.

Piloto Broadie, Copiloto Dale e chefe de cabine Bonnie, , “Alerta Máximo”, Paris Films, 2023

Acho que aqui a gente fala uma outra ponta que segura muito bem o filme: elenco. Gerard Butler (“Um homem de Família” de 2016, “Covil de Ladrões” de 2018), como o piloto Broadie Torrance, Yosson An (“Máquinas mortais” de 2018 e “Mulan” 2020) como o copiloto Dele, Daniella Pineda (“Jurassic World: Reino ameaçado” de 2018 e “Jurassic World Domínio” de 2022) como a chefe de cabine Bonnie e Mike Colter (“Superação: O milagre da fé” de 2019 e “I’m Charlie Walker” de 2022) como o prisioneiro Louis Gaspare, que está sendo extraditado. Esses e o demais atores fizeram sim um trabalho muito bom. A tensão, as emoções, a identificação com o personagem acontece. Bom, os carinhas da quadrilha não foram tão bons, mas não estragam a experiência. SER FEIO, FAZER CARA FEIA E TER CARA DE POBRE DE PAÍS DE TERCEIRO MUNDO NÃO BASTA PRA CONVENCER COMO BANDINDINHU! Desabafei.

Capitão Broadie e o prisioneiro Gaspare, “Alerta Máximo”, Paris Films, 2023

Mas você precisa saber do que se trata pra decidir se vai ou não ao cinema não é mesmo? Então… Um voo que está partindo de Cingapura em direção ao Japão, as vésperas do ano novo leva poucos passageiros, um policial que escolta um prisioneiro e um piloto que prometeu passar a virada com sua filha. Porém, em sua rota está passando uma boooa tempestade e ele diz: “vai dá merda isso aí”, ao que escuta “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Adivinha quem estava certo? Pois é. Depois de tomar uns bons sacodes da tempestade e uma faísca de mais 100 milhões de volts, o avião cai em uma ilha supimpa das Filipinas. O lugar paradisíaco é tão bom que o governo abandonou e não passa lá nem pra entregar correios. A ilha maravilhosa está entregue nas mãos de uma espécie de crime organizado. O prejuízo humano na queda é baixo, mas logo são levados pela quadrilha e o capitão, tomado por uma coragem que nem ele sabia que tinha e um censo de responsabilidade absurdo, se junta ao prisioneiro extraditado para enfrentar toda essa quadrilha e salvar seus 12 tripulantes. O como e se ele conseguiu você assiste, que vale a pena.

Essa crítica dá uma nota 3 de 5. Porque o roteiro pode ser fraco, mas a gente sabe que é entretenimento de qualidade.

Avaliação: 3 de 5.

Filme estreia 26 de Janeiro nos cinemas.

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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