Connect with us

Reviews e Análises

Eduardo e Mônica – Crítica

Published

on

Eduardo e Mônica, dirigido por René Sampaio é inspirado na música da Legião Urbana de mesmo nome e conta a história de Eduardo (Gabriel Leone), jovem rapaz neto de militar que vive na Brasília dos anos 80. Em determinada noite, em uma “festa estranha com gente esquisita”, ele conhece Mônica (Alice Braga), jovem médica que está passando por um momento difícil pois acabou de perder o pai, com quem tinha uma relação muito boa. Os dois se conhecem, acabam se gostando, mas são muito diferentes. E aí se desenrola a história, com idas e vindas, brigas e amor, até que no final se descobre que “não existe razão nas coisas feitas pelo coração”.

A tarefa difícil do roteiro em desenvolver os versos de uma música de apenas quatro minutos e meio em duas horas de projeção é nítida. Por alguns momentos o filme parece se arrastar em um “mela-cueca” sem fim. Em outros, diverte bastante, principalmente aos fãs da banda capitaneada por Renato Russo ou a quem vive ou viveu em Brasília. Se existe um mérito no filme, seria esse. Fazer a gente se apaixonar novamente pela cidade, sem precisar mostrar necessariamente a todo momento os principais monumentos de Oscar Niemeyer.

Os dois atores seguram bem o filme, mas a dificuldade do roteiro em deslanchar a história pesa bastante. Talvez se não houvesse a necessidade de que fosse um longa-metragem, tudo ficasse mais fluído e agradável. Funciona bem como homenagem, como fan-service, mas peca como entretenimento para o público em geral. Vai agradar mais a galera que curtiu os anos 80.

Avaliação: 2.5 de 5.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Reviews e Análises

Ainda Estou Aqui – Crítica

Published

on

By

ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
Continue Reading

Burburinho

Entretenimento que não acaba! Acompanhe nossos podcasts, vídeos e notícias.
Copyright © 2016-2023 Portal Refil — Todos os direitos reservados.
FullStack Dev: Andreia D'Oliveira. Design: Henrique 'Foca' Iamarino.
Theme by MVP Themes — WordPress.
Política de Privacidade