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Reviews e Análises

Tenet – Crítica

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O título do filme ser um palíndromo encaixa perfeitamente com a trama, e a primeira metade do filme deixa isso bem claro. O Protagonista é apresentado a um mundo onde uma ameaça da terceira guerra mundial está acontecendo na frente dos olhos do mundo. Espionagem internacional é a ponta do iceberg na jornada que somos inseridos junto do Protagonista (John Davis Washington) em sua jornada para salvar o mundo.

Christopher Nolan usa e abusa da tecnologia para trazer seu roteiro para a telona, com câmera lenta, cgi e muita explosão. O filme é repleto de ação, que começa logo nas primeiras cenas, mas não deixa muita coisa sem explicação. Essa quantidade de demonstração e explanação acaba deixando o filme longo, então não beba muita água antes de ir assistir ou vai ficar com vontade de ir ao banheiro no meio do filme.

A trilha sonora segue bem o estilo de Nolan, criada por Ludwig Göransson (Pantera Negra, O Mandaloriano, Creed), em momentos ela lembra a trilha dos dois filmes do Batman do diretor. Kennet Branagh está muito bem no papel de vilão, enquanto John Davis Washington mostra que pode levar um filme de ação nas costas. Robert Pattinson passa boa parte do filme como o parceiro do Protagonista e está bem nas cenas de ação, o que me dá mais esperança nele como o próximo Batman.

Com cenas de luta muito bem ensaiadas e realizadas, o filme prega peças na audiência pela forma que desenrola a trama. A história do filme é pretenciosa, com algumas reviravoltas e quebras de expectativas ela consegue fugir de alguns clichês enquanto se segura fortemente a outros que são essenciais para um bom filme de ação.

O filme não deixa de ter alguns furos de roteiro, erros de montagem e continuidade, mas não é pra isso que se vai ao cinema ver filme de ação e ficção científica.

Avaliação: 4 de 5.

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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