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Ratched revela passado sombrio da vilã de “Um estranho no ninho”

A história pregressa dessa enfermeira do mal

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Ratched é a mais nova série que estreou na Netflix, criada por Ryan Murphy e Evan Romansky,  se passa antes dos acontecimentos do filme “Um Estranho no Ninho”, de 1975, (direção: Milos Forman). A série é dedicada a contar a história da enfermeira sádica Mildred Ratched, uma super vilã no filme, que tem seus primórdios na profissão e sua trajetória de vida desvendados.

Tem um quê de Alfred Hitchcock, uma estética linda e sinistra ao mesmo tempo, trilha sonora bem densa (e tensa!) e um elenco impecável. Os figurinos e cenários são perfeitos para a época (década de 40), tanto que fiquei encantada com tudo, até mesmo com as apavorantes cenas da enfermeira com sua forma peculiar de trabalhar e lidar com os pacientes psiquiátricos.

elenco da série Ratched com o título da série manuscrito

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Quem gostou de Bates Motel certamente vai gostar dessa série, em alguns pontos elas se assemelham muito, até mesmo na tensão constante e na estética, no clima de suspense e um terror um tanto requintado… Além disso, as duas contam histórias prévias de personagens que foram vilões de grande sucesso no cinema, talvez na tentativa de levar ao conhecimento do público o mais profundo que há no comportamento humano, para justificar ou explicar o que os levou a praticar atrocidades em suas trajetórias…

No elenco tem Sarah Paulson, na pele da efermeira-mosntro. Sharon Stone, como uma mãe rica sedenta por vingança e seu filho Henry Osgood, interpretado por Brandon Flynn, de 13 Reasons Why, além de Cynthia Nixon, mais conhecida por ter sido a Miranda de Sex and The City, como Gwendolyn Briggs, e muito outros que não são super famosos mas você já os viu por aí “borboletando” em Hollywood. 

https://www.youtube.com/watch?v=A0UGuz_ldzo

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Estreou no dia 18/09/20, tem oito episódios de cerca de 40 a 60 minutos cada e a segunda temporada já está confirmada. Então, corre lá pra ver essa série cheia de mistério que conquista pelo leve medo, mas também pelo puro charme. Para maratonar!

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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