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Reviews e Análises

Vigaristas em Hollywood – Crítica

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Você já viu essa comédia antes. Pelo menos é o sentimento que se tem ao assistir Vigaristas em Hollywood (The Comeback Trail). A mesma história, contada de forma diferente, já foi usada em pelo menos uns três ou quatro filmes. Desta vez, ela se passa na Hollywood dos anos 70. O produtor de filmes Max Barber (Robert De Niro) está com a corda no pescoço, pois seu último filme, “As freiras assassinas” foi boicotado pela igreja e foi um fracasso. O problema é que ele tinha pegado emprestado 350 mil dólares com um bandido (Morgan Freeman), que agora quer seu dinheiro de volta em 72 horas.

Barber não vê outra saída a não ser vender o roteiro mais valioso em sua posse para um grande produtor. Só que, inspirado por um acidente com um ator famoso, resolve aplicar um golpe. Pode produzir um filme por um milhão de dólares, mas se o filme der errado por conta da morte do protagonista, ele fica rico com o pagamento do seguro. Com isso em mente e com a ajuda de seu sobrinho Walter (Zach Braff), vai atrás de algum ator cuja carreira já acabou faz tempo, e encontra o lendário Duke Montana (Tommy Lee Jones), ator famoso por filmes de faroeste, em um asilo para artistas. Duke está querendo se matar, mas acaba topando. Daí pra frente, Max vai tentar fazer de tudo para dar cabo da vida de Duke e receber o dinheiro do seguro. Mas é claro que o plano dá errado.

O filme é uma comédia boba, com um roteiro pueril e que tem certeza de que o espectador não sabe como um filme é feito. Em determinado momento da fita, eles vão olhar o que já têm pronto do filme que estão rodando e a montagem já está completa, com a trilha sonora e tudo. É muito vergonhoso. Apesar disso, pode ser que Vigaristas em Hollywood divirta os espectadores que desliguem o cérebro. Pelo menos De Niro, Tommy Lee Jones e Morgan Freeman parecem estar se divertindo muito. Afinal de contas, é uma comédia despretensiosa, que serviu pra pagar as contas dos três.

Avaliação: 2.5 de 5.
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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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