Reviews e Análises
Transformers: O Despertar das Feras – Crítica

Aahhhh disgrama de filme bom. E quando você acha que não tem como ser tão bom, ele fica ainda melhor! E nós estamos falando do novo filme da franquia Transformers, liberando a fera que tá escondida. O filme passa bastante a medida de surpreender bem. E com certeza vai agradar ao grande público.

O filme tem a direção de Steven Caple Jr., o mesmo de Creed II, de 2018. O cara conseguiu empregar um ritmo maravilhoso ao filme, potencializando não só as piadas, mas também a alta carga de adrenalina. O filme tem mais cena de perseguição e carros que o último do Velozes e Furiosos, que aliás cabe excelente aqui. Apesar de algumas coisas que podem chamar sua atenção ali, o CGI não deixa a desejar. Acredito que em parte porque eles escolheram dar uma boa economizada no time quantitativo de robôs gigantes. A direção mandou muito bem inclusive pra não deixar nada incoerente ou gratuito. Palmas para ele.
No roteiro temos Joby Harold (“Rei Arthur: A lenda da espada” de 2017), Darnell Metayer e Josh Peters. Aparentemente uma safra de roteiristas “novos”, mas que apresentam um roteiro redondinho e muito bem montado. Falas dinâmicas, estrutura de organização de cenas bem feitas, motivações maravilhosas, plots pequenos porém interessantes e coerentes. Parece bem básico, mas a gente já viveu filmes dos Transformers que a gente ficava se perguntando “de onde ele tirou isso?”. Roteiro bem trabalhado e acabadinho e nós gostamos de deveres de casa bem feitos.

No elenco, temos Anthony Ramos (“Nasce uma Estrela” de 2018 e “Hamilton” de 2020) como Noah Diaz, Dominique Fishback (“O ódio que você semeia” de 2018 e “Judas e o Messias Negro” de 2021) como Elena Wallace e Dean Scott Vazquez (“Em um bairro em NY” de 2021 e “Em fuga” de 2022) como Kris Diaz. Elenco humano mandando benzaço. Povo que tá na frente da câmera para atuar e não pra fazer close e entregam muito bem. Já na dublagem temos: Optimus Prime – Peter Cullen / Guilherme Briggs; Optimus Primal – Ron Perlman / Dláigelles Silva; Mirage – Pete Davidson / Douglas Silva; Arcee – Liza Koshy / Fernanda Paes Leme; Airazor – Michelle Yeoh / Rosa Maria Baroli; Scourge – Peter Dinklage / Wellington Lima; Wheeljack – Cristo Fernández; Unicron – Colman Domingo. Colocando aí a lista de dubladores originais e em português de alguns dos personagens. Vi na versão em inglês e a interpretação está impecável.

E sobre o que é o filme? ROBÔS GIGANTES ALIENÍGENAS. Mas não só isso: essa história se passa em 1994 e aqui nós temos a saga de Noah Dias, um jovem latino que ajuda sua mãe solteira a cuidar de seu irmão mais novo, Kris Diaz, e com problemas de saúde. O rapaz está em problemas financeiros e também pra arrumar emprego. Se metendo em uma furada, ele acaba conhecendo o transformer Mirage, e se envolve em uma treta vinda de um universo paralelo. E por falar em paralelo, temos uma historiadora estagiária, em um museu natural, que vive uma vida complicada com sua chefe. O museu recebe um novo artefato que chama a atenção dela. Ao pesquisar, ela acaba ativando uma paradinha que atrai a atenção dos Autobots, mas não só deles. Essa chave está guardada na terra há muitos séculos por um grupo que conseguiu se esconder muito bem até essa data. E assim somos apresentados aos Maximals. Os vilões querem trazer o chefe para jantar a terra e pra evitar isso eles vão ter um embate em um lugar diferenciado: nas florestas do Peru. Será que eles vão conseguir? Assista e depois nos contem o que achou.
Ahhhh.. esse filme só tem uma cena entre créditos. E o final dele é espetacular!
Essa crítica da 5 de 5 para esse filme maravilhoso.
O filme estreia dia 08 de junho, nos cinemas.
Refileteiros! Roll out!
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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