Reviews e Análises
Spirit – O Indomável – Crítica
Bem diferente de Spirit: O Corcel Indomável de 2002, a animação de 2021 é focado no público pré-adolescente. Ele circula Lucky Prescott, uma garota que tem sua vida mudada quando volta a morar no campo com seu pai. Lá ela encontra um cavalo selvagem a quem dá o nome de Spirit.
A DreamWorks entrega uma bela animação sob a direção de Elaine Bogan e Ennio Torresan. No original temos as vozes de Isabela Merced, Jake Gyllenhaal, Marsai Martin, Mckenna Grace, Julianne Moore e vários outros. Mas a dublagem nacional não deixa nada a desejar e traz o filme para o interior do Brasil.
Aury Wallington traz uma estória de amizade e companheirismo entre as três garotas Lucky Prescott, Pru Granger e Abigail Stone. As três se tornam melhores amigas por sua paixão por cavalos, enquanto Lucky tenta domar Spirit. E a partir de então se metem em altas confusões juntas. A estória é simples e linear, mas envolvente e emocionante. Fala de amizades, irmandade e, claro, preservação dos animais.
Um filme leve, empolgante e pra toda família; principalmente aquelas com almas livres cheias de energia.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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