Reviews e Análises
Space Jam: Um Novo Legado – Crítica
LeBron James tem uma camisa grande para vestir no novo Space Jam, as comparações com Michael Jordan e o primeiro filme são inevitáveis. Mas o novo Space Jam não deixa nada a desejar. Logo de início o filme deixa claro que sabe o quão fora da caixinha ele é.
Com um roteiro simples, que tem até auto crítica da própria Warner Bros., a diversão é garantida. Cedric Joe interpreta o filho mais novo de LeBron e é o perfeito pré-adolescente chato para os adultos e representativo para os jovens. Don Cheadle está bem extravagante como o vilão Al. G. Rhythm, o tipo de vilão que este tipo de filme precisa.

A história revolve na relação do pai com os filhos e da aceitação das diferenças entre o que cada um quer de suas vidas, mas isso é pano de fundo para uma imersão no conteúdo da Warner Bros. Em momentos parece que estamos em uma propaganda da HBO Max, demonstrando todos as propriedades intelectuais da WB, e em outros temos claros posicionamentos de marcas. Mas isso não estraga o filme e, em alguns momentos até agrega ao filme.
É um filme para rir alto, tanto das maluquices dos Looney Tunes quanto do que está acontecendo no fundo, onde a plateia do jogo de basquete é composta em grande parte pelos personagens dos filmes e séries da WB. Poderia ter um pouco mais de basquete no filme, mas não ao ponto de estar faltando, só podia ter um pouquinho mais.
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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