Connect with us

Reviews e Análises

Soul – Crítica

Published

on

E se ao invés da gente imaginar como é o pós-vida, a gente parasse para imaginar o pré-vida? Essa é uma das diversas questões filosóficas que o novo filme da Pixar nos traz com Soul, disponível direto na plataforma de streaming Disney+. O filme deveria ter ido para os cinemas, mas devido à pandemia do novo coronavírus, acabou sendo lançado direto na plataforma como um presente de Natal para os assinantes. E olha, que presente.

O filme conta a história de Joe Garner, um professor de música do ensino médio que vive frustrado pois acredita que seu propósito como grande músico de jazz foi desperdiçado. Um dia, com uma grande chance nas mãos, sofre um acidente e vai para o além, de onde tenta desesperadamente sair e voltar para o seu corpo, para finalmente cumprir o seu (suposto) propósito na Terra. Mas, como esse é um filme da Pixar, é claro que isso é só arranhar a superfície do filme.

O filme também mistura o pós-vida com o pré-vida, onde almas que ainda não encarnaram passam por uma espécie de escola, na qual se entendem com suas personalidades e, só recebem a permissão para encarnar quando descobrem qual será a sua missão em vida. O filme discute a questão também do que aconteceria se uma alma não desejasse encarnar e não se interessasse em “ser” nada. Outras alegorias e metáforas são tratadas de forma a completar o raciocínio, dando uma camada ao mesmo tempo lúdica e profunda ao roteiro.

Com um belíssimo desenrolar, o filme questiona o que torna cada um o que ele realmente é. Tudo isso envolto em um roteiro extremamente bem amarrado, uma animação cada vez mais incrível e uma trilha sonora jazzística e moderna que merece uma indicação ao Oscar.

Em um dos filmes mais belos não só do ano de 2020, mas com certeza de toda a vida, a Pixar volta à forma de filmes mais adultos, com uma lição e uma moral que nos faz chorar, pensar, amar, questionar e, porque não, viver. Maravilhoso.

Avaliação: 5 de 5.
Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Reviews e Análises

Mickey 17 – Crítica

Published

on

Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.

Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.

No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.

O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.

Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.

Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.

Avaliação: 4.5 de 5.
Continue Reading

Burburinho

Entretenimento que não acaba! Acompanhe nossos podcasts, vídeos e notícias.
Copyright © 2016-2025 Portal Refil — Todos os direitos reservados.
FullStack Dev: Andreia D'Oliveira. Design: Henrique 'Foca' Iamarino.
Theme by MVP Themes — WordPress.
Política de Privacidade