Reviews e Análises
Review – Vingança a Sangue Frio por Maria Eduarda Senna
“Vingança a Sabgue frio” conta a história de Nels Coxman (Liam Neeson), motorista de trator e eleito cidadão do ano na cidadezinha de Kehoe, que tem o filho assassinado, só que até então em circunstâncias misteriosas e, na busca por respostas, adentra o submundo do crime na região. Sem o conhecimento da esposa (Laura Dern), ele caça os responsáveis pela morte do garoto, membros da máfia de Denver encabeçada por um homem conhecido apenas como Viking (Tom Bateman). No processo, acaba indiretamente causando uma guerra entre seus alvos e a máfia nativo-americana.
Como sempre umas das melhores conclusões a se chegar é de que definitivamente Liam Neelson é um péssimo pai, por que todos os filmes protagonizado pelo ator, seguem a mesma premissa de filhos mostos ou desaparecidos, onde Neelson tem que fazer vinganca…. Seguindo esse clichê de “vovô badass” o filme não nos apresenta o melhor dos roteiros, mas a forma de apresentar os personagens é de fato interessante.
Uma das coisas mais legais do filme é ver o processo de vingança do personagem de Neelson e a forma como a máfia vai se desfazendo, apesar de que é tão surreal a forma como apenas UM senhor consegue fazer uma das máfias mais perigosas desaparecer um a um, numa matança enlouquecida e “a sangue frio”, de fato o nome do filme é bem representado.
A direção fica por conta de Hans Petter Moland, que não surpreende e cai na mesmice principalmente repetindo algumas coisas (constantemente …) a estética do do filme agrada, o cenário é lindo e a iluminação está bem feita porém algumas coisas parecem querer forçar muito a barra. A maquiagem é um ponte interessante nesse filme até porque algumas mortes São bem explícitas e a maquiagem trouxe a agonia e a veracidade necessária para o que se propõe a narrativa.
Alguns diálogos desnecessários passando uma impressão meio errada de algumas situações, principalmente entre Liam Neelson e o personagem infantil do filho do Viking “o poderoso chefão” da máfia…
Nota: 1.5
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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