Reviews e Análises
Os Três Mosqueteiros – Parte 1: D’Artagnan – Crítica
Baita filme maneiro pra cacetaaaaa! Já gostei do respeito histórico. Filme sobre a França com o povo falando Francês. Não parece óbvio? Pois é. Olha, vou dizer que é um baaaita filme que vale a pena demais para todos os fins que se justifica ir ao cinema. Outra coisa que vale a pena mencionar é que esse filme é uma readaptação de um filme de 1961 (Os três mosqueteiros: Primeira Época). Mas vale lembrar que é filme de época cheio de mileide.
O filme tem a direção de Martin Bourboulon, mesmo de “Relacionamento a francesa” de 2015 e “Eiffel” de 2021. O trabalho de direção está excelente. As escolhas foram muito bem feitas e executadas. Apesar de optar por muita câmera de mão, na maior parte do tempo ela valoriza demais as cenas. Apesar da possibilidade de uma fotografia mais rica e glamourosa, aqui ela opta pelo simples. E mostra a companhia dos mosqueteiros com menos endeusamento. Figurino também com um trabalho maravilhoso e rico demais em detalhes. A condução dos atores e a montagem das cenas e as lutas, mostram uma excelente qualidade. Dá gosto de assistir o resultado desse trabalho.
O roteiro é de Matthieu Delaporte (“22 balas” de 2010 e “Operação divórcio” de 2021), Alexandre de la Patellière (“O melhor está por vir” de 2019 “Operação divórcio “ de 2021) e baseado na grande obra do Alexandre Dumas. A adaptação escolheu por um caminho mais crível, onde os personagens não tivessem um nível muito de idealização hollywoodiana. O que torna a história mais gostosa de acompanhar. E sobre a história como um todo, nada a declarar, afinal não é um clássico da literatura à toa.
No elenco tem gente pra caramba, então vamos focar aqui no núcleo principal. No papel de Charles D’Artagnan temos Francois Civil (“Amor à segunda vista” de 2019 e “O próximo passo” de 2022), como Athos temos Vincent Cassel (“Inimigo público nº1” de 2008 e “Cisne Negro” de 2010), como Porthos temos Pio Marmaï (“Beijei uma garota” de 2015 e “Finalmente livres” de 2018) e como Aramis temos Romain Duris (“Todo o dinheiro do mundo” de 2017 e “Eiffel” de 2021). E aqui nós temos um quarteto que entregou muito, mas muito bem mesmo. Baita trabalho excelente deles e não só deles. Temos também: Louis Garrel como Louis XVIII e Vicky Krieps como Anne D’Autriche, rei e rainha da França, Lyna Khoudri como Constance Bonacieux, dama da rainha e leva-e-traz oficial da mesma, e Eva Green como Milady, a mandada do mal. Baita elenco que só tenho elogios. Só elogios.
Mas sobre o que é a história? Sério que você ainda não sabe? Mas eu vou te contar um pedacinho desta aqui. Charles D’Artagnan é um jovem rapazote que está indo até Paris para se alistar como soldado raso na companhia dos mosqueteiros. Em uma cidade próxima, cai de trouxa em uma treta que bota ele em uma situação de quase morto. Quando chega a cidade, consegue encontrar com o comandante ao qual seu pai mandou procurar para dar aquela pulada marota na fila do alistamento. Ele avista então um dos caras da treta anterior e quando parte em perseguição, tropeça três vezes em mosqueteiros da companhia que não levam desaforo para casa. E foi assim que ele ganhou 3 duelos para horários subsequentes daquela tarde, e com isso conheceu também os 3 mais famosos mosqueteiros da companhia. Naquela tarde também, ele conhece a responsável por uma pensão que desestabiliza o rapaz. A partir disso não sei se dá pra dizer se ele consegue estar sempre no lugar certo e na hora certa. Pois é só sequência de altas e reais confusões, com direito a traições, conspirações, casamento, e toma-lhe mosquete tilintando. Não vou esticar mais porque quero mesmo que você saboreie essa experiência.
Essa crítica nem titubeia para anunciar esse filme como 5 de 5.
O filme estreia dia 20 de abril nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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