Reviews e Análises
Os 30 anos de: – Você é um cocô!
Hoje Os 30 anos de está cheirando a testosterona, suor e palito de fósforo no canto da boca.
Você é uma doença!E eu sou a cura.
Em agosto de 1986, Sylvester Stallone, na época já famoso por Rambo e Rocky, escreveu o roteiro de uma das maiores pérolas do cinema brucutu.
Cobra, ou melhor, Stallone Cobra, foi escrito por Sly e dirigido por George P. Cosmatos (Rambo II e Tombstone). Além de Stallone, o elenco tem sua esposa na época Bridgett Nilsen (Rocky 4 e Guerreiros do Fogo) e Brian Thompson (Mortal Kombat – A Aniquilação). O resto, para ser honesto, não importa muito.
Esse palito de fósforo tem mais testosterona que você!
No filme, nosso querido Rambo interpreta Marion “Cobra” Cobretti (que nome, meu povo, que nome), um cara durão, um cara das ruas, um policial, um agente da lei, mas o mais importante…
Cretino…Você adora dar tiro… e eu odeio gente assim.Você é imaturo, você é um cocô!E eu vou matar você.
– E no Brasil, a INCRÍVEL dublagem de André Filho. Como ele conseguiu transmitir com perfeição o espírito de F%&*-se o mundo que Marion tem no filme. É graças ao bom trabalho de dublagem que temos cenas como essa.
O filme é uma coleção de erros de continuidades, de clichês de filme de ação e frases de efeito. E é isso que o torna tão único, tão especial, tão zuado e divertido.
Sabe qual o seu problema?Você é muito violento, deve ser esse chicleteCome ameixa, uva, é natural, uma uva passa.
Quando Stallone assinou para o contrato para estrelar Um Tira da Pesada (1984) – sim gente, era ele para estar no lugar de Eddie Murphy) – acabou por modificando tanto o roteiro que o filme se transformou em um “filme do Michael Bay“. Óbvio que o estúdio ficou de saco cheio e mandou ele catar coquinho. Porém, as ideias foram aproveitadas, em parte, neste filme.
John who?
Boa parte dos heróis dos anos 1980 são chamados John: John Rambo, John Matrix, John McClane, etc. Esse filme foi a exceção, Marion foi homenagem ao primeiro do astro, vulgo, primeiro brucutu da história, John Wayne.
Killer Machine
Cobretti despachou para debaixo da terra 41, das 52 pessoas mortas do filme.
Meu carro
O Mercury 1950 de Cobretti era de propriedade de Sly. O estúdio produziu algumas réplicas para servirem como dublê.
Você é louco e aqui a Lei vai parar…
E aí eu começo… senhor
Olha a faca!
A faca usada pelo vilão foi criada pelo designer Herman Schneider. Sylvester Stallone pediu a ele para criar uma arma branca que o público não esqueceria – bem eu esqueci.
Cortes pela audiência.
Para evitar a classificação mais restrita do mercado americano (X-rating) o filme foi cortado em 84 minutos, outra técnica utilizada foi acelerar algumas cenas e refilmar outras, o que causou diversos erros de continuidade.
Um romance para estragar
O filme é baseado no romance Fair Game de Paula Gosling. Em 1995, William Baldwin e Cindy Crawford estrelaram Atração Explosiva (1995), que também foi baseada no mesmo romance.
Ele é mal.
Brian Thompson fez ao todo sete testes para esse papel – ah os boletos, o que não fazemos por ele? – antes de ser escolhido. Na quarta audição ele conheceu o Sly e tanto o astro quanto o diretor acharam Brian muito gente boa para um papel de vilão. Mesmo assim conseguiu o papel. Thompson perguntou repetitivamente a Stallone sobre o papel o vilão, como ele gostaria que ele fosse interpretado, como ele deveria fazer o papel, sobre o passado da personagem. Sylvester respondeu da seguinte maneira: – Ele é mal porque ele é mal, ponto.
Hummmm, nojenta
Ninguém da equipe que não fosse a direção ou do elenco de apoio estava autorizado a falar com Sylvester durante as filmagens.
Hummmm, estrela
Na cena final em que, Brian Thompson faz um monólogo, a cena foi feita com uma das meninas da produção pois Sly estava vendo um jogo de basquete na tv.
Sabe qual o seu problema?
Você é muito violento, deve ser esse chiclete
Come ameixa, uva, é natural, uma uva passa.
Às armas
Cobretti usa uma 9mm Colt Gold Cup National customizada feita especialmente para o filme. E a submetralhadora usada por Cobretti na cena de perseguição com motos é uma Jati-Matic.
Hummm, chiliquenta
Originalmente, a cena da perseguição de moto era para ser finalizada a noite em Seattle, estava tudo preparado para isso, porém, eles não contavam com Stallone e sua reclamação com relação aos mosquitos, forçando a cena ser filmada durante o dia.
Cerveja
Durante a cena do jantar, quando Cobretti traz um hambúrguer para Ingrid (Nilsen), há uma placa na parede com os dizeres “King Cobra” – que é a marca de uma cerveja.
Com louco não se negocia!
Home Run
O bonequinho com que Cobra brinca está usando o uniforme do time de beisebol do Philadelphia Phillies.
Para encerrar, segue uma compilação com grandes frases de efeito desse sucesso da Sessão da Tarde.
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Até a próxima.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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