Reviews e Análises
O Crime é Meu – Crítica

Imagine o seguinte cenário: você é uma atriz desempregada na França dos anos 1930. Ao ter uma reunião na casa de um produtor de cinema você é assediada por ele, quase estuprada, mas consegue fugir. Ao chegar em casa, mais tarde, recebe a visita da polícia pois é a principal suspeita do assassinato do tal produtor. E ao saber disso, você se declara culpada, mesmo não tendo sido você a autora do crime, mas alega legítima defesa. Muito louco?
Pois esse é só o início da divertida comédia francesa “O Crime é Meu” (Mon Crime) que estreia no Brasil no dia 06/07. Dirigido e roteirizado por François Ozon (8 mulheres – 2002), o filme engata uma situação inusitada atrás da outra, com diálogos afiados, homenagens ao cinema, personagens cativantes e muita risada.
O elenco está muito divertido. Nadia Tereszkiewicz interpreta Madeleine Verdier, a atriz que vira uma sensação em Paris ao matar o seu assediador. Ela divide um pequeno apartamento que está com cinco meses de aluguel atrasado com a amiga advogada Pauline Mauléon (Rebecca Marder). É Pauline que vai defender ela na corte perante o júri. E ela tem um plano que eu não posso contar aqui senão estraga o filme todo, que é repleto de deliciosas reviravoltas.
Destaque também no elenco para Isabelle Huppert como Odette, Dany Boon como Palmarède, Édouard Sulpice como André Bonnard, Fabrice Luchini como o delegado Rabusset e André Dussollier como Sr. Bonnard. Todos divertidíssimos.

“O Crime é Meu” tem um ritmo frenético e é o tempo todo movimentado, com diversas reviravoltas no roteiro e sem previsibilidade. Uma comédia misturada com investigação policial melhor do que muito filme do circuitão. É uma pena que deve ficar restrito às salas de cinemas mais cults, pois é uma daquelas pérolas que todos deveriam ver. Definitivamente um dos filmes mais divertidos do ano!
Reviews e Análises
Mickey 17 – Crítica

Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.
Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.
No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.
O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.
Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.
Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.
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