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Reviews e Análises

Não se Preocupe Querida – Crítica

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Ahh não se preocupe mesmo. “Vai ficar tudo bem!”, Eles dizem. Mas nem sempre nos encaixamos na matrix e o perfeito pode trazer uma atmosfera muito mais tensa. E assim nós recebemos um filme belíssimo com muitas camadas. E quando eu digo muitas camadas, são muitas mesmo. Mas calma, não chega a ser um filme “Tênis verde”.

Florence Pugh E Harry Styles, “Não se preocupe, querida.” Warner, 2022

Dirigido por Olivia Wilde, que tem uma vasta experiência como atriz, mas como diretora, pode se dizer que está em fase inicial, não faz feio e traz excelentes escolhas em condução. O trabalho de fotografia e posso dizer de coreografia na composição das cenas, são um show a parte com uma qualidade impressionante. Assim como o som do filme também é um personagem especial. Sem mais cetim rasgado, acho que vocês já entenderam que no que diz respeito à técnica, o filme foi bem feito.

A atuação não traz nada de magnífico. Está redondinho e bem feito. Traz Florence Pugh (“Midsommar: o mal não espera a noite”, 2019 e “Viúva Negra”, 2021) no papel de Alice Chambers, que esta muito bem em toda a trajetória do filme. Traz também Harry Styles (“Dunkirk”, 2017 e “Eternos”. 2021) como Jack Chambers, Chris Pine (“Mulher Maravilha” , 2017, “Star Trek”, 2009, 2013 e 2016) como Frank, e a Própria Olivia Wilde como Bunny. E mais um ótimo elenco.

“Não se preocupe, querida”, Warner 2022

De roteiro nós temos uma história bem construída e com muitas nuances e bastante crítica. A referência a época dos anos 50 americanos não é à toa e muito menos todas as referências contextuais. E nem dá pra chamar de um revival de um passado distópico, mas isso você vai ter que descobrir. O que importa é que foi bem escrito e executado. Ahh sim. Roteiro de Katie Silberman que tem uma experiência sem grandes destaques, Carey Van Dyke e Shane Van Dyke com também sem grandes títulos em suas listas.

Florence Pugh como Alice , ” Não se preocupe, Querida”, Warner 2022

Mas Não se preocupe, querida. Vamos falar da história do filme. Um jovem e belo casal, morador de uma vila bem charmosinha com ares de anos 50 americano, estão em um perfeito “american Dream” revisitado e projetado para os dias de hoje. Apesar de não desfrutar de muita tecnologia, claramente essa comunidade se retirou do século 21 para viver um sonho progressista de meados do século 20, mas não nega a existência de um mundo exterior. O que parecia ser uma comunidade perfeitamente encaixada, porém não se deve fazer muitas perguntas, começa a sofrer abalos devido ao comportamento estranho de uma vizinha e logo uma tragédia abala as estruturas da visão da Jovem Alice. E esse Jovem casal (Alice e Jack) começa a passar por situações complicadas mostrando os bastidores desse sonho. Não vou falar mais pra não estragar sua experiência, mas vale muito a pena.

A crítica para esse filme dá uma boa nota 4 de 5. Afinal é muito bom, mas não traz nada excepcional.

Avaliação: 4 de 5.

O filme é uma produção Warner e estreia dia 22 de setembro nos cinemas.

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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