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Moonfall: Ameaça Lunar – Crítica

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Eu sinceramente acho que Moonfall: Ameaça Lunar é o filme mais maluco de todos os tempos. E talvez um dos mais divertidos também. Isso, caso você obviamente pratique a suspensão de descrença antes de entrar na sala. Roland Emmerich, o rei dos filmes catástrofes, dessa vez pensou: “como eu posso fazer o maior filme catástrofe de todos os tempos”? E a resposta foi: “que tal se a Lua estacionasse na Terra?”

É basicamente isso o que acontece no filme. Uma força misteriosa desloca a órbita da Lua da Terra e o nosso satélite natural agora está em rota de colisão com nosso planetinha azul, ameaçando toda a vida existente por aqui. Mas é claro que os americanos estão prontos para nos salvar! E aí tem todos os clichês de filmes catástrofe de sempre: o nerd geek (John Bradley) que tem a solução mas ninguém acredita nele, o astronauta piloto renegado e esquecido (Patrick Wilson) e a mulher dona da parada toda (Halle Berry) que precisa juntar esses dois e colocar um plano em ação pra resolver o problema. E aí os três vão contra tudo e contra todos para meter uma missão mais maluca do que o pica-pau, deixando pessoas queridas para trás.

O roteiro desse filme é uma sucessão de situações absurdas, frases de efeito bem safadas, argumentos desconexos e momentos amigos do roteirista, com pitadas de cenas de ação divertidas e efeitos em CGI que poderiam ter sido mais caprichados. O grande problema do filme é que todos no elenco estão levando o filme muito a sério, quando o espectador que deixou o cérebro do lado de fora da sala morre de rir com as esquizofrenias da fita.

Se você for levar a sério as coisas do filme, só vai se irritar e querer sair da sala com as teorias absurdas e frases de efeitos idiotas do roteiro. Então assim: só vai curtir quem entender que o filme é uma comédia. É tipo ver qualquer um dos filmes mais recentes de Velozes e Furiosos. Diversão, pipoca e nenhum cérebro. É pra ir de galera!

Avaliação: 2.5 de 5.
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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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