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Goosebumps 2: Halloween Assombrado – Review por Maria Eduarda Senna

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Em 2015 foi lançado o primeiro filme baseado nas obras de Robert Lawrence Stine, o famoso autor do livros infanto-juvenis de terror Goosebumps, chamado Goosebumps: Monstros e Arrepios.

Goosebumps 2: Halloween Assombrado conta a história de dois amigos  Sonny Quinn (Jeremy Ray Taylor) e Sam Carter (Caleel Harris) que acidentalmente acabam libertando o boneco de ventríloquo Slappy (Rick Galinson) ao abrirem um manuscrito inacabado de R.L. Stine (Jack Black).  O boneco então depois de “vivo” decide dar vida às decorações de Halloween da cidade, provocando um verdadeiro caos na busca de criar sua própria família.


Quando vi que ia lançar o filme me questionei do porque não ser uma sequência de fato do primeiro Goosebumps lançado em 2015, que conta a história do próprio R.L Stine que é interpretado por Jack Black, depois entendi que queriam tentar manter a pegada do seriado dos anos 90 em homenagens aos livros, com a história avulsas, criando uma historia do retorno de Slappy, que era um dos montros principais criados e que tinha um episódio só dele.
Apesar dessa mudança de elenco e enredo, ainda existe uma ligação entre um filme e outro,  que é mostrada através de uma pesquisa no computador, APENAS.



A história ficou legal, o filme é divertido, mas acho que é um filme de Halloween voltado mesmo para o público mais infantil. Quem cresceu nos anos 90 e acompanhou “A Hora do Arrepio” não vai encontrar muito mais além dos personagens que já conhecemos dos livros e da série em si. Assim como na primeira sequência. A falha que percebo no roteiro está em relação aos personagens, onde eles nos são apresentados mas não criam um laço com o público. Sonny Quinn (Jeremy Ray Taylor) e Sam Carter (Caleel Harris) até conseguem um pouco assim, tentar cativar, criar apego, mantendo um diálogo com humor leve, próprio para crianças, e até mesmo arrancar algumas risadas dos mais velhos, mas nada além disso. Já a irmã mais velha de Sonny, Sarah Quinn (Madison Iseman) que teria tudo para ser uma protagonista interessante, não cativa, não permite que o público realmente se envolva com ela e seu desejo de ser escritora.




O clima de Halloween contagia, a direção é legal, os efeitos são muito bons, de verdade, são efeitos muito bem elaborados que me deixou até na dúvida se teria uma maquiagem ali por trás também, e mesmo assim esta incrível. É um filme visualmente bonito.



Acho que apesar de ser um filme legal, me deixou com vontade de ver de fato uma continuação do primeiro e não uma história paralela, poderia ter sido feita uma ligação nas histórias e torná-lo mais divertido e misterioso, já que essa pegada foi deixada de lado, e era a marca registrada do seriado dos anos 90. Por isso talvez tenha me frustrado um pouco.

NOTA: 3,0

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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